O que é controle de acesso em TI?
Você já pensou na complexidade de proteger o que consideramos importante no mundo digital? Em um mundo onde as informações críticas circulam rapidamente e ameaças estão se adaptando a cada dia, precisamos garantir que em nossas organizações apenas as pessoas certas tenham acesso aos recursos necessários.
Neste contexto, o controle de acesso em TI surge como um pilar para manter a segurança e privacidade operacional. Hoje, iremos abordar o que é controle de acesso, quais são os seus tipos, por que é importante na área de TI e quais soluções auxiliam nessa prática. Continue lendo!
O que significa controle de acesso?
O normal, e o que esperamos, é que todo mundo proteja suas casas. Já nos acostumamos com o hábito de trancar as portas, às vezes até com mais de uma fechadura. E, todo esse cuidado se dá pelo medo de alguém mal intencionado entrar, roubar itens ou fazer algo para quem está dentro da casa.
Dando continuidade à essa ideia, apenas as pessoas que moram na casa tem posse da chave, e apenas os donos de cada quarto, tem a chave também. Sendo assim, apenas as pessoas autorizadas tem o acesso àquele local e seus compartimentos.
Observando essa prática com outros olhos, na Segurança da Informação chamamos isso de controle de acesso. Baseado nele, os administradores de TI configuram os acessos que cada usuário terá ao sistema, aplicações e informações. Podemos exemplificar:
Dentro de uma empresa existem diversos departamentos, como o de Recursos Humanos, Financeiro, TI, Comerical, Jurídico, Marketing... e essa lista pode se estender a mais 10 departamentos. Para que cada funcionário tenha acesso aos recursos necessários para exercer sua função, o administrador de TI vai conceder as permissões à conta dele. Assim, ninguém terá excesso de acessos e o time de TI poderá controlar as informações e recursos com que cada um pode trabalhar.
Tipos de controle de acesso:
Conhecer os diferentes tipos de controle de acesso é importante para as organizações. Isso permite adaptar as estratégias de segurança às necessidades específicas, melhorar a proteção, garantir conformidade regulatória, gerenciar acessos de forma eficiente e reduzir os riscos de violação. Vamos listar aqui os diferentes tipos de controle de acesso:
Controle de acesso baseado em função (RBAC)
O RBAC é um modelo que determina permissões de acesso com base nas funções que os usuários desempenham na organização. As permissões são agrupadas em funções e os usuários são associados a essas funções com base em suas responsabilidades.
Isso simplifica a gestão de acesso, proporcionando escalabilidade, segurança e conformidade. A implementação envolve identificar funções, atribuir permissões, associar usuários e revisar regularmente as políticas de acesso. O RBAC é amplamente utilizado devido à sua eficácia na administração de acesso em organizações.
Controle de acesso baseado em função hierárquica (HRBAC)
O HRBAC é uma extensão do modelo tradicional RBAC, considerando as relações hierárquicas entre funções na organização. Ele reflete a estrutura organizacional, com funções de nível superior, intermediário e inferior. As permissões são herdadas de funções superiores e concedidas às inferiores, permitindo controle granular e segurança aprimorada.
A implementação envolve mapeamento da estrutura, definição de funções e permissões, estabelecimento da hierarquia, atribuição de funções aos usuários e revisão periódica. O HRBAC facilita a gestão de acessos em organizações hierarquizadas, oferecendo escalabilidade e controle eficiente sobre permissões.
Controle de acesso baseado em atributos (ABAC)
O ABAC determina permissões de acesso com base em atributos específicos dos usuários, recursos e ambiente. Ao contrário do RBAC, que se baseia em funções pré-definidas, este oferece uma abordagem mais flexível e granular, considerando uma variedade de atributos para tomar decisões de acesso. Isso permite políticas de acesso precisas e adaptáveis, levando em conta uma ampla gama de características contextuais.
O controle de acesso baseado em atributos oferece vantagens em flexibilidade, granularidade e adaptabilidade, facilitando a conformidade e a segurança dos recursos da organização. Sua implementação envolve a identificação de atributos relevantes, definição de políticas, atribuição de atributos e avaliação de acesso em tempo real.
Controle de acesso discricionário (DAC)
O DAC é um modelo de controle de acesso onde os proprietários dos recursos têm o controle total sobre quem pode acessar e quais permissões são concedidas. Os proprietários dos recursos podem conceder ou revogar permissões para outros usuários de acordo com sua própria discrição. Isso proporciona uma grande flexibilidade aos proprietários dos recursos, mas pode resultar em dificuldades de gerenciamento, especialmente em ambientes empresariais complexos.
Este modelo é amplamente utilizado em sistemas operacionais tradicionais, como o Unix, mas pode ser menos adequado para ambientes corporativos modernos, onde o RBAC e outros modelos mais avançados são preferidos.
Controle de acesso obrigatório (MAC)
O MAC é o controle de acesso onde as políticas são definidas e impostas por uma autoridade central. Ele oferece um controle granular sobre as permissões de acesso, classifica os recursos em diferentes níveis de segurança e separa as funções de administração das funções de usuário.
Ele é usado em ambientes onde a confidencialidade dos dados é crucial, como agências governamentais e militares. Embora forneça alto nível de segurança, sua implementação e administração podem ser complexas.
Controle de acesso baseado em lista de controle de acesso (ACL)
O ACL regula o acesso aos recursos através de listas que especificam permissões para usuários ou grupos. Cada recurso possui uma lista que define quem pode acessá-lo e com que permissões.
Esse modelo oferece controle granular sobre o acesso, hierarquia de permissões e flexibilidade na administração. É comumente usado em sistemas de arquivos para controlar o acesso a arquivos e pastas. Apesar de sua eficácia, a administração pode se tornar complexa em ambientes maiores.
Qual a importância do controle de acesso na área de TI?
Os administradores de TI devem sempre ter sob seu controle a área da Segurança da Informação. Ao implementar controles de acesso, sua equipe consegue rastrear quem acessou o quê e quando, criando uma trilha de auditoria, muito fundamental para detectar atividades suspeitas, responder a incidentes, mitigar riscos e responsabilizar usuários por ações inadequadas.
Além disso, com o controle de acesso, a equipe de TI está garantindo que a organização está seguindo políticas de conformidade necessárias, evitando multas e prejuízos para o nome da empresa. Sendo assim, é uma estratégia muito importante para proteger a infraestrutura de TI e a reputação da organização.
Conheça as soluções da ManageEngine que auxiliam no processo de controle de acessos
Para implementar um desses modelos nas operações da sua organização, é indicado utilizar soluções robustas para que as configurações sejam de acordo com as políticas da empresa.
O Endpoint Central realiza o controle de acesso por meio do modelo de Controle de Acesso Baseado em Funções (RBAC), permitindo que o administrador crie e configure funções específicas (como técnico, auditor, visitante, entre outras) e com as permissões personalizadas. Essas funções são atribuídas aos usuários, para que acessem somente os recursos e realizem ações autorizadas àquela função.
Seguindo o mesmo modelo de RBAC, a solução completa de IAM, AD360, permite criar funções personalizadas de help desk com permissões específicas, que podem ser atribuídas aos usuários (como técnicos, gerentes, equipe de RH, entre outros). Essas funções limitam o escopo e as atividades que cada usuário pode executar, como redefinir senhas, desbloquear contas ou gerenciar licenças, sem precisar de privilégios de administrador completo.
Além disso, essa ferramenta possibilita delegar tarefas a usuários dentro de escopos limitados (por local, domínio, grupo, etc.), automatizando permissões conforme as funções atribuídas e facilitando todo o gerenciamento das atividades.
E para garantir a conformidade, o AD360 também oferece funcionalidades de auditoria para rastrear todas as mudanças feitas pelos técnicos, com controle granular, segurança e transparência na administração dos recursos.
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