O que é RBAC, para que serve e como aplicar
Imagine uma empresa em que todos os funcionários tenham o mesmo acesso, não importa a área, o cargo ou a atividade realizada, todos podem acessar os documentos uns dos outros, modificá-los, excluí-los... Com certeza, isso não daria certo.
Um negócio estruturado requer organização dos departamentos e das tarefas atribuídas a cada colaborador.
Saiba que existe uma abordagem que abrange essa questão, o Role Based Access Control (RBAC). Quer entender melhor? Então, continue a leitura deste artigo para compreender para que serve e como aplicar esse método na sua empresa!
O que é Role Based Access (RBAC)?
Também conhecido como Controle de Acesso baseado em Função, esse modelo tem como objetivo estruturar o funcionamento de organizações, sem que as funções exercidas pelos colaboradores se confundam.
No início do texto, citamos um exemplo que nos faz refletir sobre a falta de ordem de uma empresa caso os acessos e tarefas não estejam claramente definidos.
No entanto, não é somente uma questão de ordem. Trata-se também de questões de conformidade. Um departamento acessar informações do outro, definitivamente, não é uma boa prática.
Nessa técnica, os usuários têm suas funções atribuídas considerando a tarefa que desempenham. Para ilustrar, pense no departamento financeiro que possui informações estritamente sigilosas. Faz sentido o departamento de marketing ter acesso a essas informações? Ou realizar aprovações relacionadas às finanças?
Vale ressaltar que o RBAC também atua nos acessos privilegiados. Este é um ponto crítico em uma organização, porque trata-se de usuários que possuem permissões de alto nível e, geralmente, possuem acessos a documentos de alta importância, sensíveis e/ou sigilosos.
Logo, adotar essa prática contribui fortemente para o POLP (Princípio do menor Privilégio), que consiste em dar a um usuário somente os acessos necessários para realizar determinada função.
O Controle de Acessos baseado em Função pode se estender a diferentes tipos. Confira no tópico a seguir!
Tipos de RBAC
É possível escolher um ou combinar diferentes modelos de RBAC para aplicar no negócio. Contudo, eles sempre vão partir do conceito e objetivo principal da técnica.
RBAC central
Nesse modelo há duas regras fundamentais:
As funções são distribuídas aos usuários de uma vez. Isso significa que a distribuição não é feita individualmente. Por exemplo, se existe um grupo de analistas financeiros, a mesma função (ou funções) será atribuída a todos.
Essas funções devem ter suas permissões e privilégios alinhados. Como não estamos tratando de forma individual, é muito importante que esses acessos e permissões sejam coniventes com as tarefas que serão executadas.
RBAC hierárquico
Neste conceito, uma hierarquia de funções é aplicada. E, isso também está atrelado à hierarquia organização. Por exemplo, vamos dividir as funções em níveis A, B e C, sendo permissões elevadas e mais restritas, intermediárias e mais flexíveis e baixas, respectivamente.
Neste cenário, um gerente receberia funções de nível A, um coordenador de nível B e analistas de nível C.
RBAC restrito
Neste modelo, pode-se considerar as hierarquias. Porém, ele também adiciona alguns outros fatores para evidenciar e deixar ainda mais restrita as permissões e os privilégios.
Um exemplo comum para entender melhor é o de um usuário que aprova solicitações no sistema e outro que apenas pode subi-las. Políticas de RBAC restrito garantem que o mesmo usuário não possa realizar duas funções.
RBAC simétrico
Esse modelo é considerado uma versão um pouco mais flexível, porém avançado do RBAC.
Além de seguir o fluxo da premissa do Controle baseado em acessos, ele permite com que se faça ajustes ou atualizações das funções, considerando mudanças do negócio ou até mesmo a evolução de colaboradores.
Para ilustrar, imagine que um analista foi promovido a coordenador. Seguramente, a ele caberá exercer outras funções. A flexibilidade desse modelo permite que atualizações nas funções ocorram de maneira mais rápida, mas ainda sim respeitando questões primordiais de segurança.
No tópico a seguir vamos abordar os benefícios que essa abordagem pode proporcionar. Continue a leitura deste artigo!
Quais os benefícios do RBAC?
O Controle baseado em acesso é uma estratégia que pode ser adotada para fortificar ainda mais seu negócio. Separamos 3 benefícios ao adotar o RBAC:
1 - Camada de segurança
Cada atitude tomada em prol da segurança do ambiente pode ser considerada uma camada de proteção. Desde a conscientização de colaboradores até o uso das ferramentas mais robustas.
O RBAC é um dos elementos que compõe a camada de proteção, porque traz visibilidade das atividades, funções e permissões de todos os colaboradores.
2 - Confomidade
Ele também contribui para questões de compliance, porque adotar essa medida significa que você sabe o que está acontecendo no seu ambiente. Além disso, as auditorias podem ser realizadas de forma ágil e segura.
E, como o papel de cada um na organização está definido, é mais fácil a busca por informações necessárias, como quem acessou determinado arquivo. Até mesmo em um cenário de vazamento de dados fica mais simples trilhar o caminho de "como" e "quando" ele ocorreu.
3 - Estrutura organizada
Quanto mais definidos os processos e atribuições dos funcionários, mais organizada a empresa é.
O RBAC promove uma gestão estruturada, que faz com que líderes e gestores tenham uma visão granular da empresa. Afinal, segurança, conformidade e padronização são pontos fortes dessa técnica.
Como aplicar o RBAC em organizações?
Para aplicar o Controle de Acesso baseado em função, os gestores podem começar definindo os seguintes pontos:
Criação de funções necessárias e segmentação daquelas consideradas específicas;
Definição de permissão de cada função;
Mapeamento de usuários de alto privilégio, bem como suas determinadas funções e permissões.
É importante frisar que diversos fatores devem ser levados em consideração, como nível de autoridade e até mesmo qualificação, já que, em muitos casos, para se realizar determinada atividade o usuário precisa ter certificações específicas.
Vale lembrar que algumas funções são hierárquicas. Por exemplo, um especialista pode ter uma permissão de modificar um documento, enquanto outros usuários devem limitar-se a leitura.
Para aplicar o Controle de Acesso baseado em Função da maneira adequada, é essencial mapear e definir a funções e permissões que os colabores irão exercer. Além disso, será necessário também o uso de ferramentas tecnológicas avançadas.
Realizar esse monitoramento das atividades de forma manual não é viável, uma vez que isso poderia gerar brechas na segurança. O fator humano é um ponto crucial para segurança do ambiente, e não devemos nos apoiar nele.
Mas você deve estar se perguntando: qual ferramenta posso usar?
Deve ser uma solução que aja como os olhos da gestão, a fim de não perder nada que acontece no ambiente. Ela deve:
Fazer bloqueio e/ou cópia de arquivos de dispositivos externos;
Proibir dispositivos não autorizados a executarem comandos dentro da rede e, claro;
Não permitir que usuários realizem comandos fora do seu escopo.
O Device Control Plus da ManageEngine pode ser seu aliado!
Nossa ferramenta controla dispositivos e gerencia o acesso a arquivos, bloqueando usuários proibidos de acessarem o que não devem. Através dela, você pode usar a função de acessos temporários que concedem acessos na hora certa, podendo desativá-los também quando julgar necessário.
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