O que é rootkit? Entenda como funciona

Na década de 1990 surgiram diversas novidades no mundo: o videogame Super Nintendo, o lançamento do Telescópio Espacial Hubble e o desenvolvimento da Internet. Entre eles, surgiu também a técnica Rootkit. Leia este artigo e torne-se um especialista neste assunto.
O que é Rootkit?
É um conjunto de programas e técnicas que se instala em dispositivos de maneira despercebida pelo usuário. Assim, é possível abrir brechas de segurança para que cibercriminosos possam instalar malwares dentro do equipamento da vítima e roubar dados, monitorar e controlar os sistemas da vítima, tudo de forma imperceptível.
Como o Rootkit funciona?
As pessoas geralmente são vítimas de golpes de phishing ou até mesmo ataques de engenharia social. Dessa forma, a vítima faz o download de um arquivo, sem saber do que realmente se trata, e instala o rootkit no dispositivo.
Outra forma de se instalar nos dispositivos é explorando brechas de segurança, como dispositivos desatualizados ou configurações inadequadas, ou então através de dispositivos USB infectados.
Dessa forma, o cibercriminoso tem total acesso ao equipamento da vítima, fazendo com que ele (ou outro hacker) possa utilizar o tipo de ataque que preferir, como ataques DDoS ou ataques ransomware.
Como o Rootkit fica invisível em dispositivos?
O diferencial deste malware para outros é sua habilidade de ficar despercebido por tanto tempo em diferentes dispositivos. Mas você sabe como isso acontece?
O cibercriminoso, após fazer a instalação do malware, possui total controle do equipamento da pessoa. Dessa forma, ele modifica as configurações do aparelho, apagando todos os rastros deixados desde sua instalação. Assim, diversos softwares de segurança não percebem ou então demoram para perceber sua presença.
Por isso, muitas das vítimas do rootkit ficam com seus dispositivos infectados por um longo período de tempo, até que o cibercriminoso decida fazer algum movimento e de fato prejudicar a pessoa.
Quais os principais tipos de Rootkit?
Atualmente existem diversos tipos de Rootkit. Veja a seguir os principais.
Rootkit de firmware
Assim como o nome já diz, este tipo do malware afeta o firmware dos dispositivos. Dessa maneira, ele consegue registrar tudo o que ocorre no hardware do aparelho, como por exemplo o teclado, fazendo com que ele saiba tudo o que está sendo digitado, como logins e senhas.
Rootkit de memória
Este tipo se instala na memória RAM do dispositivo para realizar atividades em segundo plano utilizando a memória.
Geralmente eles não causam um dano muito alto já que são de curta duração, pois quando a memória RAM é limpa ou o dispositivo reiniciado, ele é removido.
Rootkit de aplicativo
Como seu nome diz, ele é o tipo que foca nos aplicativos do dispositivo. Dessa forma, ele substitui ou então modifica os aplicativos para que ele operem de maneira diferente.
Por conta disso, eles passam ainda mais despercebidos pelas vítimas, e cada vez que são executados podem causar ainda mais danos.
Rootkit de modo Kernel
Considerado um dos tipos mais perigosos de Rootkit, o modo Kernel tem como objetivo o kernel do dispositivo, ou seja, o núcleo do sistema operacional.
Dessa forma, ele injeta códigos no núcleo, fazendo com que ele possa alterar qualquer configuração do dispositivo, fazendo com que tenha total controle, passe despercebido pelo usuário e softwares de segurança e seja difícil de ser removido.
Rootkit virtual
Um dos tipos mais difíceis de detectar, o rootkit virtual atua como um hypervisor, se instalando nos dados de segundo plano do sistema operacional e atuando como uma máquina virtual.
Assim, ele consegue ter total controle do aparelho, como uma máquina virtual, e causar os danos que deseja.
Rootkit bootloader
O foco deste tipo é o MBR (Master Boot Recorder, ou Registro Mestre de Inicialização). Por conta disso, ele afeta o registro de inicialização, fazendo com que seja difícil detectar sua presença.
Como detectar um Rootkit?
Vimos que em alguns casos, a detecção do desse malware por softwares de segurança pode ser mais difícil. Por isso, preparamos alguns passos que podem te ajudar a detectá-los com mais facilidade.
Dispositivo com desempenho mais lento
Caso você perceba que seu dispositivo está com um desempenho mais lento que o normal, como inicialização do sistema ou algum programa específico, ou mesmo o mouse e teclado não respondem instantaneamente, pode ser um sinal de que você foi infectado.
Aplicativos de segurança desativados
Por se tratar de um programa imperceptível, é possível que o Rootkit se instale em seu dispositivo e, para permanecer invisível, ele desative os aplicativos de segurança que você possui. Fazendo isso, o malware pode permanecer indetectável por mais tempo, além de conseguir agir da maneira como desejar.
Falhas em atualizações
Ter softwares desatualizados, com patches faltando, pode ser um sinal de que você possui o malware no seu aparelho. Como dito anteriormente, muitas vezes cibercriminosos usam brechas cibernéticas para adentrar em dispositivos alheios.
Além disso, um dispositivo desatualizado permite que o Rootkit continue a atuar dentro do sistema.
Erros recorrentes
Caso você perceba que certos erros ocorrem recorrentemente, mesmo os corrigindo, pode ser um sinal de que você foi infectado. Erros como a "tela azul da morte" ou até mesmo comportamentos inusitados podem ser um sinal.
Alterações nas configurações
Caso perceba que algumas configurações do seu dispositivo tenham sido alteradas sem o seu consentimento, fique atento a outros sinais desta lista.
UEBA (User and Entity Behavior Analysis, ou Análise do Comportamento do Usuário e Entidades)
Programas de segurança que utilizam UBA podem fazer a verificação e detecção do malware mais rapidamente, já que com o recurso é possível mapear e entender o comportamento do usuário.
Saiba mais sobre UEBA neste artigo.
Como se prevenir do Rootkit?
Infelizmente, este é um do malwares mais difíceis de ser removido. Por conta disso, não há um método definitivo para removê-lo. Porém, existe um conjunto de ações que podem fazer com que você possa se prevenir de ser a próxima vítima. Veja eles a seguir.
Faça backup dos arquivos
Ter o backup atualizado dos arquivos do dispositivo infectado te ajuda a tomar decisões mais assertivas caso tenha que agir de maneira mais drástica, como ter que formatar o dispositivo.
Conscientize funcionários contra ataques cibernéticos
Colaboradores são sempre o elo mais fraco dentro das organizações. Por isso, faça sempre campanhas e treinamentos internos para conscientizá-los.
Faça atualizações regulares
Uma das maneiras de cibercriminosos adentrarem sistemas é através de brechas no sistema, como programas desatualizados. Por isso, aplique patches regularmente e se assegure que tudo esteja atualizado.
Utilize Zero Trust
Partindo do princípio "nunca confie, sempre verifique", este é um modelo de segurança que elimina qualquer confiança em usuários. Dessa maneira, o usuário precisa provar sua identidade antes de conseguir acesso.
Quer saber mais sobre o Zero Trust? Assista a esse vídeo.
Cuidado com dispositivos USB
Mencionamos anteriormente que dispositivos USB podem ser uma porta de entrada para o Rootkit. Por isso, se atentar a qualquer dispositivo do tipo pode prevenir que você seja uma próxima vítima.
Utilize softwares robustos de segurança
Softwares, como o Malware Protection Plus, podem fazer total diferença quando o assunto é proteção.
Com recursos como análise comportamental baseada em ML para detectar malware em tempo real e detecção de ameaças baseadas em criptografia e ransomware zero-day, você pode ficar tranquilo que seus dispositivos estarão a salvo.
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