Hoje, dependemos de aplicações para praticamente tudo, seja executar um serviço no trabalho ou pedir uma comida. Portanto, é necessário que a disponibilidade seja 24 horas, 7 dias por semana.
Usuários estão cada vez mais exigentes e a alta disponibilidade é um diferencial no mercado. Não basta o aplicativo funcionar, ele precisa ser rápido e sempre ter atualizações. A satisfação do usuário se tornou uma das principais prioridades das empresas com a concorrência cada vez mais acirrada. Para isso, o desenvolvimento precisa acompanhar esse dinamismo.
O DevOps surgiu como um conceito para ser aplicado para acompanhar essa velocidade cada vez mais exigente. Então continue este artigo para entender o que é esta prática!
O que é DevOps?
A grande confusão que gira em torno deste termo é porque muito acreditam que DevOps é uma ferramenta, quando, na verdade, é um conceito a ser empregado dentro das empresas para a otimização do desenvolvimento de sistemas e infraestrutura de TI.
DevOps vem da junção de 2 palavras: development (desenvolvimento) e operations (operações). Antes da criação desta filosofia, o modelo tradicional que se seguia nas empresas era que cada setor funcionava de forma separada, e isso incluía as diferentes áreas da TI.
Por isso, os desenvolvedores faziam sua parte de forma separada do operacional. Assim, um sistema ou aplicação era todo desenvolvido pelo primeiro departamento e depois seguia para a parte de operações, em que seria feita sua infraestrutura, segurança, deploy e disponibilização para os usuários.
Portanto, era entendido que um processo era aparte do outro. Se o app apresentava um bug, era muito mais trabalhoso de corrigir, ou até mesmo adicionar um novo recurso, pois a equipe de desenvolvimento já estaria em outro projeto, enquanto a de operações ainda estaria lidando com o antigo, em um constante vai e volta.
Com o mercado dinâmico e altamente digitalizado, ficou claro que este modelo estava atrasado. Novos recursos são necessários para tonar a experiência do usuário melhor, assim como atualizações sempre devem ser feitas, pois vulnerabilidades são constantes. A velocidade de entrega de antigamente não se adequa mais a de hoje.
O conceito do DevOps veio para renovar este modelo. Neste sentido, eles trabalham juntos, em um fluxo constante de interação para automação, entrega contínua e rápida, além da responsabilidade ser compartilhada.
As etapas do ciclo de vida do DevOps
Nesta cultura, o desenvolvimento é feito já se pensando nos itens de operações necessários. Por funcionarem de forma contínua, seu ciclo de vida não tem fim e seu símbolo é um infinito com suas fases, como mostra a figura abaixo:
Ela possui 7 fases que conversam entre si, sempre em um fluxo ininterrupto.
Criação ou codificação
Nesta etapa começa o desenvolvimento do código do software em um ambiente controlado para testes. Aqui também é possível fazer o uso de controle de versão. Ferramentas são usadas para automatizar o processo e aumentar a produtividade, como o uso de integração contínua.
Teste
Após o desenvolvimento, é necessário fazer os testes do produto para entender se todas as expectativas em relação a ele estão sendo atendidas e se é necessário fazer algum ajuste antes de chegar ao usuário final. Eles são feitos em ambientes de homologação e são controlados.
Release
O release é o preparo para a publicação e implementação da aplicação para o usuário final.
Implementação
A aplicação foi liberada e está pronta para ser implementada para o uso. A integração contínua e entrega contínua (CI/CD) são usadas para automatizar o processo e reduzir erros.
Operação
Nesta etapa, o operacional dá o suporte necessário a produção para que o software possua estabilidade, segurança e o desempenho adequado. É esta fase também que se encarrega das otimizações, como atualizações e desempenho da aplicação.
Monitoramento
O monitoramento contínuo irá verificar a perfomance da aplicação em tempo real e como está sendo a experiência do usuário. Por meio de métricas e outros recursos, a equipe consegue verificar gargalos, erros, problemas de lentidão, carregamento, entre outros, que podem estar atrapalhando o usuário.
Planejamento
Como o próprio nome já diz, a etapa de planejar deve focar em todo o desenvolvimento do projeto, desde sua projeção, como custo total, até o pós-lançamento, como atualizações e novos recursos, monitoramento contínuo, testes e todo o ciclo de vida que continua se renovando.
Entendido o seu ciclo de vida, para inserir a cultura do DevOps em uma corporação, há algumas práticas que podem ser implementadas para tornar este processo mais efetivo.
Práticas do DevOps: o que implementar
Um conceito pode ser difícil de ser introduzido em uma empresa, pois é necessária uma mudança de mentalidade. Há ferramentas que auxiliam neste processo, tornando-o mais fluído, e estas são as melhores práticas para se seguir:
Integração contínua
A integração contínua é quando desenvolvedores integram as alterações de código em um repositório central para executar criações e testes. Com isso, é possível fazer correções de forma mais rápido, melhorar a qualidade do software e lançar atualizações para os usuários constantemente.
Entrega contínua
Essa prática expande a integração contínua ao criar alterações de código para serem testadas e depois liberadas automaticamente para produção. Depois de serem testadas em um ambiente de teste e/ou produção, builds, testes e implementações automatizados poderão ser implementadas de forma padrão.
Microsserviços
No desenvolvimento de aplicações, a arquitetura em microsserviços é uma forma em que as partes são segmentadas em áreas menores, sendo elas independente uma da outra. A vantagem desse tipo de arquitetura é que para fazer atualizações é muito mais rápido e prático, além da possibilidade de escalabilidade.
Infraestrutura como código
Devido à virtualização, a infraestrutura como código (IaC) é uma forma de automatizar a sua infraestrutura e tirar os processos do manual, tornando sua gestão mais acessível, tratando-a como um software que possui versões.
Monitoramento e registro de logs
O monitoramento constante e registro de logs ajuda a equipe detectar gargalos e vulnerabilidades, o que os ajuda a trazer atualizações necessárias tanto para melhorar a experiência do usuário quanto para corrigir brechas que podem ser usadas por cibercriminosos.
Comunicação e colaboração
O DevOps é a integração de dois setores que costumavam trabalhar de formas separadas, portanto, saber se comunicar e fazer trocas é o pilar para que ele funcione. Além de ferramentas que conversem entre si para que o fluxo de trabalho seja automatizado, a equipe precisa ter um bom canal de comunicação, como chats, integração de tickets, compartilhamento de dados, entre outros. Independente da etapa do ciclo de vida, todos devem saber o que está acontecendo.
Quais são os benefícios que o DevOps traz para a empresa?
Entendemos que este método é um conceito e porque ele veio para substituir o modelo de desenvolvimento antigo, trazendo a integração entre as equipes. Agora, vamos explorar como a implementação dessa filosofia pode beneficiar as organizações.
Velocidade no desenvolvimento
O mercado digitalizado não espera. Se uma aplicação não está funcionando adequadamente ou não proporciona novos recursos que ande com as inovações, os usuários irão buscar por uma alternativa. O DevOps possibilita que atualizações sejam entregues de forma rápida devido à integração e entrega contínua, com foco na qualidade do serviço e sempre inovando.
Confiabilidade e qualidade
Saber que atualizações estarão disponíveis rapidamente é manter a qualidade do produto, uma vez que um serviço desatualizado possui vulnerabilidade para ataques cibernéticos que pode prejudicar a reputação da marca. Além disso, os clientes possuem a confiança de que a empresa preza pelo produto.
Escala de processos
Faça a gestão do desenvolvimento e operações dos processos em escala. Este método otimiza, simplifica e automatiza o gerenciamento dos sistemas.
Melhora na colaboração entre equipes
Com os dois setores integrados, as equipes precisam trabalhar juntas para o processo sair com fluidez. Para isso, a comunicação precisa ser clara e precisa, sem gargalos. A troca passa a ser constante, novas ferramentas para otimizar essa comunicação também passam a ser aplicadas, com mensagens em tempo real.
Redução de custos
Com o operacional trabalhando constantemente junto aos desenvolvedores, o monitoramento é constante, o que ajuda a captar erros mais rapidamente, minimizando impactos negativos e agilizando correções.
Segurança
No processo de desenvolvimento, testes de segurança são frequentemente feitos pela equipe de operações para garantir que quando o produto chegue ao usuário, esteja em conformidade. O processo de microsserviços facilita para fazer atualizações de bugs e as lançar rapidamente.
Conclusão
O modelo DevOps trouxe um grande avanço para o desenvolvimento de sistemas, tanto para o lado dos desenvolvedores quanto para os usuários finais.
Para os devs, a criação se tornou mais otimizada, aumentando a produção e reduzindo o tempo. A equipe de TI se tornou integrada, diminuindo os custos e tornando os fluxos de trabalho contínuos e práticos de forma geral.
Tudo isso em conjunto afeta diretamente o usuário final. Eles terão entregas melhores, com alta qualidade e atualizações constantes. Com o monitoramento contínuo, as operações conseguem visualizar erros e corrigi-los antes mesmo que gerem um impacto nos clientes.
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