A era tecnológica trouxe diversas realizações para o mundo, sendo a digitalização massiva uma delas. Para o setor empresarial, as vantagens são diversas: automação, inovação e a capacidade de gerar mais lucro.
Limitações estão sendo cada vez mais ultrapassadas. Porém, na mesma velocidade que novas coisas surgem, desafios também são criados. Enquanto a era digital e a computação em nuvem conectou todo o mundo e possibilitou novas maneiras de negócios, como o SaaS, tornou mais difícil a vida dos técnicos de TI para monitorar e gerir a quantidade de dados que é gerada e transportada.
Mas para tudo se tem uma solução! A segurança de dados é um dos pilares da conformidade, e portanto, uma das preocupações das empresas. Assim, há formas de os gerir de forma efetiva. A classificação de dados foi criada para ajudar na gestão eficiente e na prevenção de perdas. Neste artigo, vamos entender como ela funciona.
O que é a classificação de dados?
Ela é uma abordagem proativa e preventiva que foi criada para ajudar na segurança e proteção de dados, deixando as informações menos dispersas e granulares. Assim, cria-se um processo de análise e organização que irá levar em conta o tipo de arquivo, conteúdo, proprietário, vulnerabilidade, metadados e outros parâmetros.
Para as empresas que lidam com grandes volumes de dados sensíveis, ter uma classificação correta é uma forma de estratégia para a camada de prevenção de vazamento de dados, principalmente com grandes volumes de ataques cibernéticos com organizações como alvos.
Pela LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), algumas das classificações de dados mais comuns de se encontrar dentro de empresas ocorrem da seguinte forma:
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Dados públicos: podem ser acessados por qualquer pessoa; ou seja, eles não estão sujeitos a nenhuma limitação de privacidade, segurança ou controle de acesso por regulamentações ou estatutos.
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Dados internos: podem ser acessados apenas por colaboradores da empresa; e são aqueles que a empresa possui, controla ou coleta a partir das relações com os clientes e processos da internos empresa, como contratação de funcionários, documentações, etc.
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Dados confidenciais: podem ser acessados apenas por um grupo de pessoas ou cargos específicos, sendo assim, o seu acesso é limitado e geralmente possuem um grau médio de sensibilidade.
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Dados restritos: dados acessíveis apenas por pessoas pré-definidas, como administradores e possui um grau maior de vulnerabilidade, onde deve haver o maior nível de segurança.
Diferença entre classificação e tipos de dados
Além da classificação, a LGPD também divide os dados em tipos, que são pessoais, sensíveis, públicos e anonimizados, e estamos nos referindo a pessoas físicas.
Dados pessoais
Possibilita a identificação, direta ou indireta, da pessoa natural, como nome e sobrenome, RG, CPF, endereço, renda, endereço residencial ou de e-mail, número de telefone ou qualquer dado que possa ser ligado à pessoa.
Dados sensíveis
Eles fazem parte dos dados pessoais, porém devem ser tratados com mais cuidado durante a coleta e armazenamento. Exemplo: dados de menores, origem racial ou étnica, convicções religiosas ou filosóficas, opiniões políticas, filiação sindical, questões genéticas, biométricas e sobre a saúde ou a vida sexual de uma pessoa.
Dados públicos
Segundo a LGPD, os “dados pessoais públicos deve considerar a finalidade, a boa-fé e o interesse público que justificaram a sua disponibilização.” Também são chamados de dados abertos e podem ser usados de forma livre, reutilizados, modificados e redistribuídos por qualquer pessoa.
Empresas que já possuem o consentimento, podem reutilizar um dado, porém, para passar para outra empresa, necessita de nova autorização.
Dados anonimizados
Neste caso, ocorre a anonimização da pessoa, retirando os dados que possam a identificar, desvinculando-a. Assim, a LGPD não se aplicará mais ao dado se não houver um modo de descobrir sua origem. Se sim, será considerado um pseudônimo e a LGPD volta a valer.
Entendendo a importância da classificação de dados para a DLP (Data Loss Prevention)
A classificação de dados acaba sendo um passo importante para a estratégia da segurança de informação, pois ao os classificar, há uma categorização por sensibilidade de informação, o que determina a criticidade em caso de vazamento e a implementar políticas de acesso.
A seguir estão algumas políticas de como ajudar na prevenção da perda de dados:
1 – Controle de acessos
O controle de acesso de entidades e usuários é determinante na perda de dados. Quanto mais crítica uma informação é, menos permissões e mais restrita ela deve ser. Portanto, somente administradores podem conseguir acessá-la, além de não ser possível a transferência desse dado por meio de dispositivos móveis ou por nuvem há não ser que haja uma política para isso.
2 – Entenda o nível de sensibilidade
Saber qual o grau de danos pode causar o vazamento de um dano é fundamental para saber o classificar de modo correto, pois assim saberá o alocar em determinada área, com segurança mais robusta e resposta a incidentes mais rápida, dando maior prioridade para os dados mais críticos. Esta é inclusive uma forma que pode determinar como sua equipe de TI quer escolher armazenar o seu dado.
3 – Maior visibilidade para auditorias
Auditorias devem ser feitas continuamente e este processo ajudará a ver tudo com mais clareza, inclusive rastrear as modificações, de onde elas vieram, detectar downloads para saber se foram indevidos ou não, entre outros insights que facilitam a avaliação.
4 – Mitigação de ameaças
Em caso de intrusões e ataques cibernéticos, saber quais arquivos e dados são mais críticos para a empresa ajuda a criar uma resposta mais rápida e efetiva para os proteger primeiro, impedindo que o ataque chegue até eles ou cause mais dano. Esse fator também ajuda a montar planos de respostas a incidentes mais eficazes, já que cada ataque há um modo de mitigação, como ransomware, phishing, roubos de credenciais, entre outros.
5 – Conformidade com a LGPD e outras regulamentações
A conformidade tem um grande peso nas empresas quanto a reputação de marca e perdas financeiras. Vazamento de dados resultam em multas, paralisação de atividades e impacto nos clientes. Além de leis como LGPD no Brasil e GDPR na Europa, há outras regulamentações que as empresas devem estar atentas, como HIPPA e ISO 27001.
Segurança de dados com as soluções da ManageEngine
Como visto, a classificação de dados ajuda a priorizar e entender quais informações são mais críticas para desenvolver a cibersegurança contra perda de dados.
A ManageEngine possui soluções que te auxiliam na prevenção à perda de dados, como o Endpoint Central DLP com os recursos de descoberta e classificação de dados, controle de dispositivos e correção de falsos positivos, utilizando detecção e execução de políticas para a proteção avançada de perda de dados.
Já o DataSecurity Plus protege os dados sensíveis ao fazer auditoria de arquivos, prevenção de vazamento de dados por dispositivos, avaliação de risco de dados e análises de arquivos.
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