O que é debug (depuração)? Entenda porque esse processo é útil
Grace Hopper foi almirante e analista de sistemas da Marinha dos Estados Unidos na década de 1940, e é admirada até hoje como uma das pioneiras da ciência da computação, sendo responsável pelo primeiro compilador de linguagem de computador.
E é graças a ela que hoje utilizamos o termo debug para erros em programação, como rumores dizem.
Segundo a história, ela e seus colegas encontraram uma mariposa (um "bug", inseto) que causou um curto-circuito em um dos computadores da universidade que trabalhavam. Grace registrou o incidente e a palavra "bug" passou a ser utilizada para designar erros.
Depois disso, apesar do termo ser usado constantemente, somente em 1976 ele foi usado na literatura pela primeira vez, por Glenford J. Myers, em seu livro Software Reliability: Principles and Practices.
Neste artigo, vamos explorar o conceito de debug e por que ele é importante para as organizações.
Debug: o que é?
Debug, também conhecido como depuração, é o processo de encontrar erros e falhas no código-fonte de um software, isolar e resolver para que não ocorra novamente, indo em busca da sua causa-raiz.
Estes erros, conhecidos como bugs, devem ser corrigidos o mais rápido possível porque causam falhas no software, resultados incorretos, além de poderem acarretar em vulnerabilidades de segurança, que se tornam brechas para cibercriminosos, e perda de dados, tanto como consequência do erro, como para crimes cibernéticos.
Portanto, fazer a depuração é importante para garantir a qualidade do código que está sendo entregue ao usuário, o que afeta diretamente a estabilidade, confiabilidade dos serviços (entre eles a segurança dos dados e alinhamento de regulamentações) e a experiência que o usuário está tendo.
Como funciona o processo de debug
O desenvolvimento de um software é complexo e demorado, e mesmo com atenção e testes, pode ser que passe alguma coisa despercebida, e com isso, aconteça falhas. Até mesmo pequenas atualizações podem causar um bug inesperado. Por isso, os desenvolvedores devem sempre estar preparados.
Para corrigir esses erros, podemos resumir o processo em algumas etapas:
1 - Encontrar o bug
Para isso, os desenvolvedores precisam localizar a linha exata em que o erro está no código fonte. Sem uma ferramenta adequada, fazer este processo de forma manual se torna cansativo e demorado.
2 - Determinar a causa do erro
Depois de encontrado, é necessário entender porque houve o bug. Este é o momento de entender a causa raiz e o impacto que ele tem sobre a aplicação.
3 - Correção do bug
Chegou o momento de fazer as correções necessárias. Como um modo de garantia, muitos desenvolvedores utilizam uma solução que possua um controle de versões para saber quais alterações foram feitas e que seja possível fazer um rollback no caso da correção resultar em outros problemas no código.
4 - Testes
Depois de feita a correção e que ela foi implementada, é o momento de fazer os testes antes que seja liberado para os usuários. Neste etapa, será validada se a correção funcionou e se não gerou nenhum outro erro.
5 - Documentação do processo
A última etapa é documentar o que foi feito, pois ajuda em casos semelhantes e também na organização dos processos internos da organização.
Entenda os 4 tipos de bug
Existem 4 tipos principais de erros que é necessário saber identificar para conseguir fazer a correção de forma mais rápida.
Erro semântico
Este erro se refere ao significado do código, quando um pedaço dele viola uma regra da linguagem de codificação.
Erro de sintaxe
Seria como um erro de gramática, quando há uma falha de digitação. Pode ser um elemento faltando ou adicionado, como parênteses, vírgula ou outro erro tipográfico.
Erro lógico
Este bug faz com que o software opere incorretamente, tendo uma saída indesejada ou não intencional. Diferente do erro de sintaxe ele é válido na linguagem, mas não se comporta como pretendido.
Erro de tempo de execução
É um bug que ocasiona em uma saída errada ou sofre uma falha, que ocorrem quando o programa já foi iniciado. Geralmente, podem ser corrigidos ao atualizar, reiniciar ou reinstalar o software.
Depuração e testes: qual a ligação?
Durante o desenvolvimento de um software, a etapa de testes sempre é crucial antes que a aplicação chegue ao usuário, pois garante a sua qualidade.
Na depuração, podemos dizer que estes dois fatores são complementares. Assim como na criação da aplicação, na correção de um bug, antes de devolver o código-fonte, é necessário testar para ver se a correção realmente funcionou e tudo está ocorrendo como deveria.
Técnicas para depuração
Para fazer o debug, há algumas estratégias que ajudam os programadores a corrigir os bugs de forma rápida.
Registro de logs de erros
Tudo o que é feito nos dispositivos, geram como se fossem "pegadas" de registros de dados e informações de logs internos. Através desses logs, é possível rastrear os erros que aconteceram para identificar de onde eles vieram e assim corrigi-los mais rápido.
Ambientes de desenvolvimento integrados (IDEs)
Um IDE é um software que ajuda desenvolvedores a aplicações que combinam ferramentas comuns de desenvolvimento em uma interface de usuário gráfica (GUI), ajudando a desenvolver códigos de forma mais eficiente.
Muitos IDEs vem com modos de depuração integrados para facilitar na correção dos bugs.
Rastreamento inverso ou backtracking
Este método é mais eficiente para códigos menores, uma vez que os programadores trabalham nele de trás para frente com base no local em que o bug ocorreu até encontrar o seu ponto exato e o corrigir.
Divisão em segmentos
Quando se trabalha com grandes códigos, algumas equipes preferem dividir em segmentos menores para facilitar encontrar o local do erro. Ao localizá-lo, faça a correção e depois o teste.
Depuração automatizada
Aqui, são usadas ferramentas que possuem inteligência artificial e machine learning para agilizar algumas etapas da depuração, como analisar trechos maiores do código em busca dos bugs.
Debug remoto
É quando ocorre a depuração de uma aplicação que está em um servidor remoto por meio de ferramentas que operam remotamente.
Debug Delta
Funciona por meio da comparação entre dois programas para identificar a diferença entre eles, e assim encontrar os possíveis erros.
Quais as vantagens de se fazer a depuração?
Agora que entendemos o que é este processo, suas etapas e métodos, é importante também saber os benefícios que o debug traz.
Prevenção de vulnerabilidades
Softwares com erros, mesmo que sem interferir na experiência do usuário, podem criar brechas que muitas vezes são aproveitadas por cibercriminosos para colocar programas maliciosos ou usar como entradas para endpoints e sistemas da empresa. Por isso, sempre é importante os desenvolvedores buscarem por bugs e fazerem essas correções.
Redução de custos
Todo programa criado possui um custo de investimento. Se ele começa a ter muitos erros, o objetivo para o qual foi desenvolvido não é criado. O tempo dos desenvolvedores é afetado por ter que ficar constantemente parando seu trabalho por erros reportados Logo, os usuários não tem uma boa experiência e vulnerabilidades são usadas por cibercriminosos.
A depuração mantém o software em ótimo estado de funcionamento, evitando que os itens acima ocorram.
Detecção facilitada de erros
A depuração traz o processo proativo de encontrar erros, o que ajuda na manutenção dos softwares e a encontrar bugs antes mesmo que afetem os usuários. Isso impacta de forma positiva a experiência, tanto interna quanto externa.
Como a ManageEngine pode auxiliar no debug?
A ManageEngine possui um catálogo extenso de soluções que podem ajudar a gestão da TI empresarial de diversas formas.
No caso da depuração, o EventLog Analyzer faz o registro de logs para auxiliar no desenvolvimento e monitoramento de softwares, fornecendo insights sobre as aplicações com informações detalhadas para os programadores conseguirem diagnosticar problemas.
Já o Applications Manager possui uma ferramenta de depuração de URL que ajuda a depurar as URLs e monitores, além de exibir o desempenho de cada um dos componentes da página da Web.
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