Mitigação de riscos: o que é e como aplicar
Você pode não conseguir prever o que vai acontecer, mas uma coisa é certa: mais cedo ou mais tarde, algum tipo de risco vai bater na porta da sua organização.
Pode ser um ataque cibernético, um erro humano, uma falha no sistema ou até mesmo um imprevisto na infraestrutura de TI. Então o ponto mais importante neste contexto é que a sua empresa deve estar preparada para lidar com isso.
Mas que a verdade seja dita, não é possível eliminar completamente todos os riscos. Eles fazem parte do nosso dia a dia, mas é totalmente possível reduzir as chances de que se tornem grandes problemas.
No artigo de hoje iremos explicar o que é mitigação de riscos, por que agir de forma preventiva é fundamental e como aplicar esta prática na sua organização. Continue lendo!
O que é mitigação de riscos?
Essa prática é o conjunto de estratégias adotadas para reduzir o impacto ou a probabilidade de um risco acontecer. Em outras palavras, a mitigação de riscos é um esforço preventivo para que situações problemáticas não se tornem grandes prejuízos.
A ideia então não é eliminar todos os riscos, mas sim minimizar os efeitos negativos que eles podem causar e garantir que a organização esteja preparada para lidar com eles da melhor maneira.
Para dar um exemplo básico, imagine uma empresa que armazena dados sensíveis de clientes em seu sistema. Ela sabe que existe a chance de sofrer um ataque cibernético, mas, para mitigar esse risco, ela adota medidas como:
Implementar MFA;
Monitorar os acessos em tempo real;
Backups automáticos dos dados;
Plano de resposta a incidentes estabelecido.
Então, mesmo que um ataque aconteça, essas ações já reduzem significativamente que um estrago seja feito.
Essa prática é essencial para a continuidade dos negócios, evitando que falhas inesperadas paralisem a operação ou comprometa a confiança dos clientes.
Por que agir de forma preventiva é fundamental?
A prevenção é o que separa um pequeno contratempo de uma crise. Muitos dos problemas enfrentados pelas empresas poderiam ser evitados ou reduzidos com medidas simples e antecipadas. Veja alguns exemplos a seguir.
Ataque de ransomware bem-sucedido vs backups automáticos e atualizações em dia
Uma empresa sofre um ataque de ransomware que criptografa todos os seus dados, e, sem backup recente, ela acaba ficando de mãos atadas, entre duas opções: pagar o resgate e causar um problema financeiro, ou perder seus dados.
Mas isso poderia ser minimizado com backups automatizados, armazenados em locais seguros e com testes periódicos de restauração, além de atualizações constantes nos sistemas. Isso não elimina completamente os prejuízos, mas o impacto seria menor para recuperação dos dados, auxiliando na segurança.
Acesso não autorizado ao servidor vs controle de acesso baseado em função (RBAC)
Um ex-funcionário ainda possui credenciais ativas e acessa um servidor da empresa semanas após o seu desligamento, resultando em dados comprometidos e violações de compliance, além de deixar todo o ambiente vulnerável para ações maliciosas da pessoa, se ela quiser.
Porém, com uma política de RBAC bem aplicada e revisão periódica das contas ativas, esse acesso teria sido automaticamente revogado no momento de desligamento, evitando que essa brecha acontecesse.
Falha de atualização vs gestão proativa de patches
Agora, trazendo um caso real como exemplo, a vulnerabilidade Log4Shell foi amplamente divulgada por permitir a execução remota de código em servidores que utilizam a biblioteca Log4j, presente em muitas aplicações Java. Mesmo assim, muitas empresas demoraram para aplicar a correção.
Sem a atualização, cibercriminosos exploraram essa falha usando malwares como o Mirai e o Kinsing para invadir servidores, executar códigos maliciosos, roubar dados e, em alguns casos, transformar os sistemas em parte de uma botnet.
Tudo isso poderia ter sido evitado com uma política de gestão de patches bem estruturada. A empresa teria identificado e aplicado a atualização assim que a falha foi divulgada. Além disso, o uso de ferramentas específicas para essa função permite acompanhar vulnerabilidades conhecidas e automatizar as correções, reduzindo o tempo de exposição a ameaças.
Como aplicar a mitigação de riscos na sua organização
Agora que já entendemos o que é a mitigação de riscos e por que agir de forma proativa, vamos para a parte prática: passo a passo de como aplicar esse conceito dentro da empresa.
1) Identifique quais os possíveis riscos
O primeiro passo é mapear os riscos que a organização pode enfrentar. Eles podem estar presentes em várias áreas: infraestrutura de TI, segurança da informação, falhas humanas, fornecedores externos, entre outros. Aqui o ideal é envolver diferentes áreas da empresa para poder levantar todos os possíveis pontos de vulnerabilidade.
2) Avalie o tamanho do impacto e a probabilidade
Depois de identificar os riscos, precisamos fazer a análise deles. Então faça as seguintes perguntas:
Qual é a chance de isso acontecer?
Qual seria o impacto para o negócio se acontecesse?
Essa análise ajuda a entender quais riscos merecem atenção imediata e quais podem ser considerados menos críticos.
3) Priorize os riscos
Com o passo anterior, este aqui fica mais fácil. Nem todos os riscos exigem ações urgentes, por isso, defina prioridades. Aqueles que mostraram ter um impacto maior e a probabilidade alta de acontecer devem ser tratados com urgência. Uma matriz de risco pode ser útil nessa etapa para visualizar melhor o cenário e apoiar a tomada de decisão.
4) Defina estratégias de mitigação
Depois de identificar e priorizar os riscos, chega o momento de decidir o que fazer com cada um deles. De forma geral, existem quatro caminhos possíveis: prevenir, reduzir, transferir ou aceitar o risco. A escolha vai depender do tipo de ameaça, do impacto que ela pode causar e da realidade da sua organização.
Sempre que possível, o melhor é prevenir, agindo antes que o risco se torne um problema. Um exemplo simples é reforçar a segurança de acesso aos sistemas para evitar invasões. Já em situações em que o risco não pode ser totalmente evitado, a estratégia pode ser reduzir o impacto ou a chance dele acontecer, como configurar backups automáticos que protegem os dados em caso de falha.
Outra possibilidade é transferir o risco para terceiros, como contratar um seguro ou firmar contratos com fornecedores que assumem determinadas responsabilidades. E, em alguns casos, pode ser mais viável aceitar o risco — principalmente quando ele tem pouco impacto ou quando o custo para evitar é maior do que o prejuízo que ele poderia causar. Um exemplo disso é manter um sistema legado em uso por mais um tempo, mas com atenção redobrada.
O mais importante aqui é registrar tudo com clareza: quais ações serão adotadas, quem será o responsável por cada uma e como o acompanhamento será feito no dia a dia.
5) Implemente a prática e monitore com a solução certa
Coloque as estratégias em prática, garantindo que todas as áreas envolvidas saibam o que fazer. Faça o monitoramento dos riscos de forma contínua, porque eles podem mudar com o tempo.
Aqui, o uso de ferramentas de monitoramento e análise faz toda a diferença para manter o controle e a visibilidade.
Conheça as soluções ManageEngine que ajudam na mitigação de riscos
Colocar a mitigação de riscos em prática exige mais do que boas intenções. Estamos falando de visibilidade, controle e agilidade para agir na hora certa, e para isso, é preciso contar com ferramentas completas para fazer a diferença.
Na ManageEngine, algumas soluções se destacam como aliadas nesse processo. Vamos ver como elas contribuem diretamente para isso:
O Log360 é a solução SIEM mais completa, oferecendo monitoramento contínuo de logs, detecção de ameaças e resposta a incidentes em tempo real, permitindo identificar atividades suspeitas na rede, acessos não autorizados e comportamentos fora do padrão. E melhor ainda, tudo isso com alertas automatizados e relatórios que ajudam na tomada de decisão.
Com ele, é possível:
Detectar ataques como ransomware, privilege escalation e acessos fora do horário;
Atender requisitos de compliance com relatórios prontos (LGPD, ISO, etc.);
Agir rapidamente em caso de incidentes, minimizando o impacto.
Já o Endpoint Central atua diretamente na redução de riscos ligados aos dispositivos da organização. Ele permite automatizar a aplicação de patches/correções de segurança e controlar remotamente os dispositivos, gerenciando e protegendo todos os endpoints de forma centralizada para que máquinas estejam sempre em conformidade. Além disso, a ferramenta conta com a funcionalidade anti-ransomware, ajudando a isolar máquinas infectadas, as colocando em quarentena. Ele também realiza backups e execução de rollback para garantir maior segurança.
Outro recurso relevante é o módulo de DLP, que contribui para a prevenção de vazamento de dados sensíveis, permitindo a criação e aplicação de políticas específicas de controle e proteção da informação.
E o AD360 é um console unificado que reúne diversas soluções da ManageEngine voltadas para identidade, autenticação, auditoria e conformidade. Ele permite centralizar e automatizar a gestão de usuários e acessos, o que é essencial para reduzir riscos relacionados a permissões indevidas, erros manuais e falhas de segurança.
Com ele, é possível aplicar autenticação multifator (MFA), acompanhar auditorias em tempo real, automatizar o ciclo de vida dos usuários (criação, modificação e exclusão de contas) e ainda integrar com sistemas de RH e ferramentas na nuvem. Tudo isso ajuda a garantir que apenas as pessoas certas tenham acesso às informações certas, no momento certo! Um passo muito importante para mitigar riscos e manter o ambiente de TI mais seguro e controlado.
Quer entender mais sobre as soluções? Entre no site clicando aqui.