Análise de tráfego de rede (NTA): o que é e como monitorá-lo
A todo momento, milhares de dados estão indo e vindo dentro das redes corporativas: muitos e-mails sendo enviados, arquivos sendo compartilhados, sistemas conversando entre si, aplicativos sendo atualizados… Esse fluxo constante de informações é o que chamamos de tráfego de rede.
Mas você já parou para pensar se todos esses dados estão realmente fluindo de forma segura? Ou se, em meio a tantas informações, não há também ameaças escondidas, congestionamentos ou até usos indevidos da banda? A análise de tráfego de rede (NTA) serve para monitorar o tráfego e garantir que esses problemas sejam evitados.
Neste artigo iremos explicar com detalhes o que é a análise de tráfego de rede, quais são os principais tipos e por que é tão importante. Boa leitura!
O que é tráfego de rede?
De forma simples, o tráfego de rede é todo o fluxo de dados que circula entre os dispositivos conectados a uma rede, seja ela local (LAN), de longa distância (WAN) ou a própria internet. Sempre que um computador acessa um sistema, um servidor responde a uma solicitação ou um arquivo é enviado de um ponto a outro, está ocorrendo o tráfego de rede.
Esses dados são organizados em pacotes que se deslocam entre diferentes dispositivos, seguindo protocolos específicos que determinam como a comunicação deve acontecer. E esse fluxo pode variar bastante: em alguns momentos é leve e estável, em outros pode ficar sobrecarregado e até apresentar falhas que comprometem todo o desempenho da rede.
Esse tráfego pode ser interno, dentro da própria estrutura da empresa, como quando um software busca informações em um banco de dados; ou externo, quando envolve conexões com a internet ou serviços em nuvem. Entender esse fluxo é muito importante para garantir que tudo funcione sob controle.
Quais são os principais tipos de tráfego de rede?
Nem todo tráfego de rede é igual, porque os dados que circulam em uma rede podem ter naturezas, origens e destinos diferentes. Então de forma geral, os principais tipos de tráfego que podemos encontrar são:
Tráfego unicast
Esse é o tipo mais comum. Nele, um dispositivo envia dados diretamente para outro, como um computador solicitando acesso a um servidor específico, e a comunicação é feita ponto a ponto.
Tráfego broadcast
Aqui, a mensagem é enviada de um dispositivo para todos os outros do mesmo segmento da rede ao mesmo tempo. É bastante usado em redes locais para fazer descobertas rápidas, como quando um computador tenta localizar impressoras disponíveis ou solicita o endereço de IP via DHCP.
Tráfego multicast
Já neste, os dados são enviados para um grupo específico de dispositivos, que solicitaram recebê-los, em vez de serem enviados para todos. É muito usado em transmissões de vídeo em tempo real, como videoconferências, para economizar largura de banda.
Tráfego anycast
Embora menos comum em redes corporativas, é usado principalmente em redes maiores, como as da internet. Nele, os dados são encaminhados para o servidor mais próximo, dentro de um grupo que compartilha o mesmo endereço IP.
Além disso, podemos classificar o tráfego de rede também conforme o seu propósito: tráfego de e-mails, acesso a aplicações web, transferências de arquivos, atualizações automáticas, comunicação entre serviços internos e mais.
Cada um dos tipos de tráfego consome recursos diferentes da rede e podem ter níveis distintos de prioridade e segurança. Por isso, fazer a classificação corretamente é um passo para garantir uma análise eficiente.
Por que analisar o tráfego de rede é tão importante?
A análise do tráfego de rede é uma prática usada para manter a segurança e o desempenho da infraestrutura de TI, até porque tudo o que acontece dentro da rede, desde um simples acesso a um sistema interno até conexões com servidores externos, deixa rastros em forma de dados. E entender esse fluxo é o que permite às equipes de TI tomarem decisões mais estratégicas e evitar problemas maiores.
Desempenho da rede: como identificar gargalos e lentidão
Quando a rede está apresentando lentidão, por exemplo, a análise de tráfego vai ajudar a identificar os gargalos e as sobrecargas, revelando exatamente onde e por que a performance está sendo comprometida.
Em outro cenário, um comportamento fora do padrão no tráfego pode indicar uma ameaça cibernética em andamento, como uma movimentação incomum de dados ou tentativas de comunicação com endereços suspeitos.
Principais métricas para uma análise eficiente
Mas para que essa análise seja realmente útil, é fundamental acompanhar as métricas certas. Entre as mais relevantes estão o uso da largura de banda, que mostra quais dispositivos ou aplicações estão consumindo mais recursos; o número de conexões ativas, que ajuda a identificar sobrecargas; a latência, que indica o tempo que os dados levam para percorrer a rede; e a taxa de perda de pacotes, que pode sinalizar falhas de comunicação entre os pontos.
Além dessas, métricas como jitter (variação no atraso dos pacotes), protocolo utilizado (HTTP, FTP, DNS etc.) e origem/destino do tráfego também são essenciais para diagnosticar problemas de desempenho, detectar anomalias e manter a rede sob controle.
Então, reforçamos nesta parte do artigo que entender como os recursos estão sendo utilizados é fundamental para otimizar o uso da largura de banda, priorizar aplicações mais críticas e até mesmo reduzir os custos com infraestrutura. É com essa visibilidade que a empresa consegue planejar upgrades, balancear cargas e manter a rede preparada para crescer junto com as necessidades do negócio.
Conformidade com normas e regulamentações
Por fim, vale lembrar que em muitos setores, o monitoramento do tráfego não é apenas uma boa prática, mas também uma exigência para atender a normas de segurança e privacidade de dados, como a LGPD. Sendo assim, analisar o tráfego da rede é uma forma de proteger os dados e também fortalecer a governança da TI.
Conheça técnicas e a ferramenta ideal para monitorar o tráfego de rede
Para garantir uma análise bem feita do tráfego de rede na sua organização, é preciso contar com as ferramentas e estratégias adequadas. Monitorar tudo manualmente é inviável, por isso, a tecnologia entra como aliada fundamental nesse processo.
Coleta de fluxos de dados: visibilidade e controle
Entre as técnicas mais usadas, podemos destacar a coleta e análise de fluxos de dados gerados pelos próprios dispositivos da rede. Esses fluxos permitem identificar quais aplicações estão consumindo mais banda, quais dispositivos estão gerando mais tráfego e como esses dados estão sendo direcionados. Essa visibilidade ajuda a detectar gargalos, compreender padrões de uso e agir rapidamente diante de comportamentos suspeitos.
Outra abordagem importante é o uso de painéis com dados em tempo real, alertas automáticos e relatórios analíticos, que auxiliam as equipes de TI a tomarem decisões baseadas em evidências concretas e assim atuarem de forma preventiva, em vez de apenas reagir a falhas.
NetFlow Analyzer: monitore sua rede com inteligência
É aqui que entra o NetFlow Analyzer da ManageEngine, a solução mais completa para monitoramento e análise de tráfego de rede. Com ele, é possível visualizar todo o fluxo de dados em tempo real, identificar picos de uso, aplicações que mais consomem banda e até possíveis ameaças. A ferramenta transforma os dados brutos em informações claras e acionáveis, facilitando a gestão da rede com muito mais inteligência.
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