Entenda o que são sistemas autônomos

Portugues | February 11, 2025 | 4 min read

Com o crescimento e a complexidade das redes globais, o conceito de sistemas autônomos (AS) tornou-se fundamental para a organização e funcionamento da internet.

Setores importantes como hospitais, companhias aéreas e bancos não podem correr o risco de sofrer com a indisponibilidade de rede. Por exemplo, uma instituição financeira deve sempre evitar interrupções de conexão, visto que muitas transações dependem da internet.

Através desses sistemas, as organizações podem garantir a disponibilidade constante e segura da rede.

Neste artigo, abordaremos o que são os sistemas autônomos, como podem ser classificados, os benefícios em se tornar um, o que é uma política de roteamento e muito mais. Continue lendo!

O que são sistemas autônomos? 

Também conhecidos como AS (Autonomous System), eles são um grupo de redes ou uma grande rede que tem uma política unificada de roteamento.

Eles possuem seus próprios prefixos de IP, permitindo que gerenciem e troquem tráfego com base em políticas de roteamento específicas para a web. Ou seja, permitem que diferentes redes consigam se comunicar.

Exemplo: a internet pode ser vista como uma rede composta por diversos sistemas autônomos interconectados, onde todos os dispositivos conectados estão ligados, seja direta ou indiretamente. Cada dispositivo possui um IP, que funciona como seu endereço único na web.

A maior parte dos sistemas autônomos se conecta a diversos outros sistemas do mesmo tipo. Quando um AS se conecta a apenas um outro AS e adota a mesma política de roteamento, ele pode ser considerado uma sub-rede do AS original. Todos os dispositivos que se conectam à internet estão conectados a um AS.

Vale destacar que para ser reconhecido como um sistema autônomo, o provedor precisa passar por um processo formal junto ao Registro.br, que envolve a verificação de pré-requisitos, análise e aprovação do pedido.

O que é uma política de roteamento de sistema autônomo? 

Ela consiste em um conjunto de endereços IP que o AS gerencia, além de uma lista dos outros ASs com os quais ele estabelece conexões.

Exemplo: ao se tornar um sistema autônomo, o provedor ganha mais flexibilidade no gerenciamento dos endereços IP. Ele pode oferecer endereçamento portável, alocar IPs diretamente para seus clientes, ter uma quantidade maior de endereços IP, entre outras vantagens.

Essas definições formam a política de roteamento, que é baseada em diversos parâmetros que determinam quem pode acessar os conteúdos e de que forma isso ocorre.

Benefícios de se tornar um sistema autônomo

Um dos principais benefícios é garantir que a organização mantenha seus serviços e operações sempre disponíveis, já que uma queda de conexão pode causar muito prejuízo.

Quando uma empresa se torna um AS, ela adquire uma infraestrutura de rede mais robusta e pode contar com múltiplos fornecedores de trânsito, assegurando redundância em caso de falhas ou instabilidade na rede.

Confira outras vantagens:  

Controle total sobre o roteamento 

Um AS permite que você defina suas próprias políticas de roteamento, otimizando o tráfego dentro de sua rede e tomando decisões estratégicas sobre como o tráfego entra e sai.

Esse maior controle do tráfego traz vantagens importantes para empresas com necessidades complexas de roteamento ou que precisam garantir a qualidade de serviço e aplicações que possuem baixa tolerância a falhas e/ou são distribuídas para múltiplos clientes em larga escala.

Espaço de endereçamento de IP próprio 
É possível alocar endereços IP válidos diretamente para os clientes. Isso pode ser utilizado em aplicações internas e facilita a rastreabilidade de clientes, o que resulta em maior segurança tanto para as conexões internas quanto externas.

Participação em um Internet Exchange  
Apenas sistemas autônomos podem participar de um IX.

O Internet Exchange (IX) é uma infraestrutura física que facilita o trânsito de dados entre provedores, redes acadêmicas, governamentais e empresariais, otimizando a interconexão da internet. Essa estrutura reduz custos na conexão e aumenta a eficiência na troca de dados de aplicações, serviços e clientes que estão conectados nesse AS.

Ao se conectar a um IX, um novo AS se interliga automaticamente à rede de outros ASs presentes, podendo trocar tráfego diretamente com eles.

Quais são os tipos de sistemas autônomos? 

Existem três tipos, classificados conforme sua conectividade:

Sistema autônomo stub  

Esse sistema funciona como um “subsistema”, como no caso de conexões privadas entre instituições financeiras, que exigem uma camada adicional de segurança. Ele é o mais simples, com somente uma conexão com outro AS.

Sistema autônomo multihomed 

Mantém conexões com vários sistemas e também é utilizado para tráfego. Sua principal vantagem é garantir a continuidade da conexão à internet, mesmo que um dos sistemas apresente falhas graves.

Sistema autônomo de trânsito  

Mais comuns entre provedores de internet, são conhecidos como “backbones”. Eles formam a espinha dorsal da internet, servindo como o caminho principal por onde os dados circulam.

Como o OpManager Plus da ManageEngine pode te ajudar com isso?  

O OpManager Plus é uma ferramenta robusta para observabilidade full-stack que pode desempenhar um papel fundamental no processo de configuração e monitoramento de sistemas autônomos.

Algumas das principais possibilidades dessa solução é poder analisar a nível de protocolos e fluxo de dados o roteamento e tráfego da rede com o Netflow Analyzer, o que é essencial para garantir que os dados sejam encaminhados de maneira eficiente e segura entre os diferentes ASs, provendo uma visibilidade em tempo real do consumo de aplicações e performance de largura de banda trazendo a possiblidade de verificar e aplicar QoS e queuing.

O OpManager Plus permite que você gerencie e monitore os fluxos de tráfego entre os sistemas autônomos, ajudando a otimizar a conectividade e a garantir a disponibilidade da rede. Com a capacidade de visualizar topologias de rede em tempo real, o software facilita a identificação de falhas e gargalos, possibilitando a tomada de decisões rápidas para corrigir problemas que possam afetar a performance da rede.

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