Com o desenvolvimento e aprimoramento de softwares, é cada vez mais vital que desenvolvedores tenham o controle das alterações feitas. Isso porque devido a diversos fatores, como número de modificações, profissionais envolvidos e componentes, o acompanhamento do produto pode se tornar bastante confuso.
Este é o motivo principal pelo qual são feitos gerenciamentos de configurações em softwares. Quer entender mais o que é esse gerenciamento, como fazê-lo e por que ele é importante? Leia este artigo e tire todas as suas dúvidas!
O que é o gerenciamento de configuração?
É uma gestão que acompanha e monitora todos os dados e mudanças feitas no desenvolvimento de um software. Em outras palavras, o gerenciamento de configurações é uma forma de juntar “diferentes partes de um software” para montar um “software final”.
Esse gerenciamento é necessário porque durante a elaboração de um produto, muitas coisas acontecem ao mesmo tempo. Por isso, podemos dizer também que o gerenciamento de configurações é a gestão das tentativas de juntar diferentes partes do software de várias formas para montar um produto final.
Como vimos, a gestão de configurações pode ser bem complexo devido a diversos fatores. Para facilitar este processo, é dividido em três tipo:
-
Gerenciamento de mudanças
-
Gerenciamento de versões
-
Gerenciamento de release ou liberações
Para você entender como o fazer por completo, iremos explicar cada ramificação detalhadamente usando o cenário fictício a seguir:
“Uma organização está iniciando o desenvolvimento de u m aplicativo de finanças. Para essa tarefa, são necessários diversos setores empresariais, como time técnico, entre eles desenvolvedores e engenheiros de software, time financeiro, jurídico, entre outros. Dentre todos os envolvidos, é comum que as organizações criem diversas equipes para que o progresso seja mais rápido, os custos menores e o produto final seja liberado para o público final mais cedo“.
O que é o gerenciamento de mudanças (GMUD)?
Usando o contexto anterior junto com o contexto atual da tecnologia, digamos que a empresa introduza seu aplicativo de finanças ao mercado. Porém, algum tempo depois, um novo software também é lançado ao mercado, e que se combinado com o aplicativo, pode deixá-lo mais rápido e seguro. Por conta disso, a empresa solicita que os funcionários façam as mudanças no aplicativo, combinando-os.
Dessa maneira, é necessário fazer o gerenciamento das mudanças, também conhecido como GMUD, um termo amplamente utilizado em ambientes corporativos de TI para formalizar o processo de mudanças; feitas para que os riscos sejam minimizados, não hajam incidentes e a taxa de sucesso seja alta.
Para facilitar a identificação da unidade em que é feita a mudança, costumamos chamar de item de configuração (IC) o “o quê” em que a mudança ocorre.
Quer saber mais sobre o gerenciamento de mudanças? A ManageEngine possui uma página dedicada e detalhada sobre o assunto!
O que é o gerenciamento de versões ?
Utilizando o exemplo citado, ao efetuar uma mudança em seu aplicativo, para conseguir diferenciá-la da versão anterior, é comum que ela tenha uma nomenclatura diferente. A nomenclatura utiliza o formato de MAJOR.MINOR.PATCH para indicar consequentemente MUDANÇAS.MELHORIAS.CORREÇÕES. Ou seja, ao nomear uma atualização com “1.0.0; 1.1.0; 1.2.0“, os números irão apontar as mudanças, as melhorias e as correções feitas, consecutivamente.
Vale ressaltar que a mudança da nomenclatura vem para indicar mudanças dentro do software, como melhorias e correções, e para diferenciá-los a mudança de nome também ocorre.
Também há situações em que a companhia possui diversas equipes trabalhando em diferentes partes de um software ao mesmo tempo. Por isso, é comum que elas desenvolvam diversas versões de cada uma dessas partes. Assim, é necessário fazer múltiplos testes de combinação entre cada versão de cada parte para obter o melhor resultado final possível entre todas as opções disponíveis.
Por esses motivos o gerenciamento de versões é necessário: para que as equipes de desenvolvimento consigam se organizar e desenvolver um produto final que tenha a máxima eficiência e qualidade.
O que é o gerenciamento de release ou liberação?
Chamamos de release ou liberação qualquer desenvolvimento de atualização e melhoria que é feita nos softwares e que em seguida é liberada para o consumidor final. Para fazer essa “liberação” para o público, é necessário efetuar uma gestão eficaz, isso porque na maioria das vezes, muitas versões serão lançadas, com diferentes atualizações, versões e indicadores.
Pode ser que em alguns lugares você encontre que “versão” e “release” são a mesma coisa, porém release é a “versão” do produto que é liberada para o cliente.
Por que fazer o gerenciamento de configurações é importante?
Como dito no início deste artigo, é comum que organizações formem diversas equipes para otimizar o tempo e a evolução dos softwares. Por isso, a gestão de configurações faz-se necessária para que a criação de sistemas e softwares estejam sempre organizados, além de permitir uma escalabilidade maior para projetos futuros.
Desde a identificação entre os processos que estão ocorrendo, até a priorização de etapas a serem desenvolvidas ou mesmo a identificação de problemas podem ser pontos cruciais que fazem do gerenciamento de configurações uma parte importante de qualquer desenvolvimento de software.
Qual a importância da documentação no gerenciamento de configuração?
Ter todos os fluxos de trabalho organizados muitas vezes não é o suficiente para ter um gerenciamento de configuração completo. Por isso, ter todos os processos documentados por uma gestão de configurações é imprescindível para que pessoas e procedimentos sejam organizados em meio a tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo.
Isso torna-se importante até mesmo pelo fato de que futuras equipes que trabalharão no projeto precisam saber e entender o que já foi feito, assim como também o que deu certo e errado no passado.
Como gerenciar configurações
Deu para entender que o gerenciamento de configurações é um processo que envolve diversas pessoas e processos. Portanto, a necessidade de ter uma equipe organizada faz toda a diferença.
Assim como qualquer procedimento, ter diretrizes e documentação é essencial para que o desenvolvimento de qualquer projeto, seja ele a gestão de configurações ou seja qual for, é primordial.
Veja abaixo duas maneiras de realizar tal gestão.
Manual
O gerenciamento de configurações manual é feito de maneira analógica, porém, isso não quer dizer que ela não possa utilizar-se de softwares tecnológicos. Desta maneira, pode-se utilizar tabelas de fluxos, como uma planilha ou até mesmo um quadro branco para auxiliar na organização das etapas dos processos e também as pessoas envolvidas.
Automatizado
Este é o método mais utilizado pelas grandes empresas que possuem muitos procedimentos acontecendo ao mesmo tempo, ou muitas pessoas implicadas. Para este método, utiliza-se impreterivelmente um software, para que os processos sejam mais rápidos e claro: automatizados.
O ServiceDesk Plus é uma ferramenta de
target=”_blank” rel=”noopener”>ESM, ou seja, uma ferramenta que fazer a gestão de ativos empresariais. Isso quer dizer que ela faz tanto a administração de ativos de TI como também de não TI relacionados à organizações.
Por ter fluxos de trabalho bem definidos dentro dela, ele consegue organizar e automatizar todo e qualquer tipo de desenvolvimento de progresso dentro de corporações. O ServiceDesk Plus possui gerenciamento de incidentes, projetos, problemas, mudanças e releases, o que é perfeito para quem busca uma solução para o gerenciamento de configurações automatizado.
Além de ser uma das melhores ferramentas do mercado, o ServiceDesk Plus também possui uma vasta base de conhecimento, ou seja, vai além da gestão de ativos e processos.
Outros locais onde efetuar a gestão de configuração
Engana-se quem pensa que o gerenciamento de configurações é exclusivo para os processos de desenvolvimento de softwares. A verdade é que ele pode ser efetuado em diversos âmbitos do mundo da tecnologia da informação. Por conta disso, iremos explicar a seguir outros campos em que é possível efetuar tal gestão.
Como gerenciar configurações em endpoints
Endpoints também tem que ser configurados como qualquer outro ativo de TI. Por isso, suas configurações têm que ser extremamente precisas, já que na maioria das vezes é através deles que ameaças podem adentrar a nossa rede.
Sendo assim, algumas configurações são de extrema importância para que seus endpoints estejam seguros. Uma das práticas é a utilização de ferramentas que ajudem a fazer a configuração mais facilmente. Essas ferramentas, como o Endpoint Central, vem com dashboards simples e intuitivos, que fazem com que a gestão das configurações seja feita de uma maneira bem eficiente, sem contar que quando combinadas com outras ferramentas, como ServiceDesk Plus, fazem com que o processo e o escalonamento da gestão seja muito mais rápida e eficaz.
Nós temos um artigo super completo sobre segurança de endpoints e como implantá-la. Leia aqui.
Como gerenciar configurações em redes
Assim como os endpoints, as redes também são uma porta de entrada para que cibercriminosos façam de você mais uma vítima de um ataque cibernético. Por isso, assegurar-se que seus firewalls estejam sempre ativos e que suas regras estejam de acordo com as suas diretrizes, pode poupar você e sua empresa de futuros problemas.
Vale lembrar que fazer esse gerenciamento não precisa ser manual e cansativo. Na maioria das vezes, ferramentas como o Firewall Analyzer ou o Network Configuration Manager, podem te poupar muito tempo, além de ter todos os escopos bem definidos e visíveis, para que a gestão seja mais eficaz.
Caso você queira entender mais sobre as configurações de regras de firewall, leia este artigo.
Como gerenciar configurações em códigos
A gestão das configurações de códigos permite que você crie scripts de códigos para automatizar um sistema como um todo. Assim como as duas anteriores, por poder tornar-se um procedimento complexo, ferramentas podem te ajudar a fazer essa gestão.
Além disso, ao analisar os dados do sistema e armazená-los claramente, faz com que a configuração seja feita de uma maneira muito mais acessível para as pessoas envolvidas.
Conclusão
Gestão, como um todo, sempre envolverá um alto nível de planejamento, organização e clareza para que todos os envolvidos nesses processos saibam como identificar os processos já efetuados, o que priorizar e como implementar as mudanças realizadas.
Independente de como e onde você escolha fazer o gerenciamento de configurações, conte com a ManageEngine para te auxiliar com essa tarefa! E a melhor parte é que você consegue testar nossas soluções por 30 dias gratuitamente!