Assim como a tecnologia evoluiu, trazendo modernização para as empresas e tornando a digitalização algo essencial para a sociedade, com este avanço, os ataques cibernéticos também evoluíram.
Para se infiltrar em uma corporação e conseguir dados, cibercriminosos possuem um leque de opções de ataques e modos para obter informações confidenciais e as usar da maneira que quiserem. Por isso, é cada vez mais necessário investir em ferramentas de cibersegurança.
O fator humano ainda é uma das melhores portas de entrada para estes criminosos, seja um funcionário mal direcionado caindo em um golpe de phishing, perda de identidade ou um usuário infiltrado. Deste modo, foi necessário identificar o que seriam considerados comportamentos normais e o que seriam anomalias em uma rede.
No cenário frequentes de ataques e cibercrimes, captar qualquer sinal que demonstre que há algo de errado em sua rede ou dispositivo antes que o ataque seja feito é de extrema importância. Por isso, ter uma ferramenta UEBA para análise de comportamento é uma solução proativa para a cibersegurança das empresas.
Entenda o que é UEBA e quais são os seus benefícios com este artigo!
O que é UEBA?
O conceito UEBA foi criado em 2015 pelo Gartner como uma expansão do UBA, sendo implementado no segmento de segurança cibernética.
UEBA significa User and entity behavior analytics (análise de comportamento de entidades e usuários). Enquanto o UBA (análise de comportamento de usuário) focava somente em entender os comportamentos dos usuários, o UEBA traz uma abordagem em que é necessário entender que todo o ambiente é uma superfície de ataque e porta de entrada, então as entidades também devem ser analisadas e entendidas.
Usuários x Entidades: qual é a diferença?
Mas afinal, o que é um usuário e uma entidade? Os usuários são as pessoas dentro do ambiente da empresa que usam equipamentos. Já as entidades são os dispositivos e endpoints conectados em sua rede, eles não possuem um usuário específico, mas sim são configurados para uso, como, por exemplo: dispositivos IoT, switches, servidores e controladores de acesso.
Qual é a função do UEBA?
Agora que entendemos esses dois conceitos, o UEBA tem como função analisar o comportamento dos usuários e entidades para identificar padrões anômalos que podem ser sinais de atividades maliciosas.
Isso acontece porque através do machine learning, é estabelecido um padrão através dos logs de usuários e entidades. Se acontecer algo que esteja fora do que é considerado padrão, um alerta de segurança será emitido. Portanto, o UEBA se torna uma camada adicional de segurança.
Como funciona uma solução UEBA?
Já ouviu falar sobre machine learning? Também conhecido como aprendizado de máquina, o machine learning (ML) é considerado um subconjunto da inteligência artificial, que ao fazer análise de dados encontra padrões e faz previsões.
Quanto mais dados a ferramenta recebe, mais ela se aperfeiçoa, e fazem as tarefas de forma autônoma, sem precisar de uma programação.
É por meio deste mecanismo que o UEBA funciona. Usando a premissa que o comportamento tende a ser repetitivo, ele monitora todas as atividades dos usuários e entidades, entendendo seu modo de agir e hábitos, determinando assim um padrão.
Vamos entender isso com um exemplo. O funcionário A possui como padrão logar em sua conta comercial de segunda a sexta, das 9h às 18 horas. Um dia, ele loga em um sábado. A solução UEBA irá entender este comportamento como um desvio de padrão e enviar um alerta para o administrador.
Outro ponto importante é que o recurso UEBA estabelece uma pontuação de risco. Ao analisar as entidades e usuários, é estabelecido um número de 0 a 100, com o menor número apresentando risco mínimo e aumentando conforme a numeração. Para estabelecer essa pontuação de risco, são considerados o peso atribuído da ação, a extensão do desvio da linha de base, frequência do desvio e o tempo decorrido desde que aconteceu.
Como o UEBA mitiga riscos de cibersegurança?
Uma solução de SIEM que possui UEBA se torna mais completa quanto ao monitoramento e controle de logs para reforçar a segurança da empresa. A seguir, entenda como:
Detecção de comprometimento de contas
Com o machine learning, o UEBA detecta se uma conta está comprometida e sendo usada para fins maliciosos. Em caso de perda de identidade, por exemplo, a ferramenta irá saber diagnosticar que a conta está comprometida pelo seu comportamento.
Sinais de ameaças internas
Ameaças internas são tão ou até mais perigosas que ameaças externas. Alguns estudam mostram que 60% das violações de dados acontecem por meio de ameaças internas. A solução UEBA consegue captar sinais deste tipo de ataque por meio de acessos incomuns ao sistema, horários de acesso não usuais, modificações incomuns a arquivos e falhas de autenticações excessivas.
Detecção de roubo de dados
A base de dados do UEBA identifica quais agentes são confiáveis e possuem em seu comportamento padrão a mudança e download de dados. A partir do momento que um agente interno ou externo tem um desvio de padrão, como baixar muitos documentos de uma só vez para um dispositivo removível, ele detecta como roubo de dados.
Monitoramento contínuo
Com o monitoramento contínuo, é possível saber se alguma anomalia está acontecendo em tempo real. Uma solução UEBA eficaz deve ter como um de seus recursos alertas imediatos. O tempo de detecção a um possível incidente é crucial para reduzir os danos. O UEBA, com os alertas imediatos, impede que as brechas e vulnerabilidades se espelhem pelas redes, possibilitando que os administradores tomem medidas de recuperação.
Conclusão
Defender-se contra ameaças cibernéticas está cada vez mais complexo, ainda mais quando estas ameaças podem vir de dentro da corporação. Ter uma detecção rápida as anomalias ao entender quais são os comportamentos usuais dentro do sistema corporativo é imprescindível para saber se alguma ameaça invadiu em seu perímetro.
O UEBA tem se tornado uma ferramenta valiosa para a proteção do ambiente empresarial, pois com a correlação de logs fortalece a sua rede contra ameaças internas. Quanto mais informações ele receber, mais precisa será a análise.
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