A maior parte das pessoas pode pensar que os ataques cibernéticos que acontecem hoje dependem de táticas super difíceis e criativas dos cibercriminosos. Porém, muitos deles ainda usam métodos relativamente simples para conseguirem dados das vítimas, como acontece com os ataques de força bruta.
É claro que com o avanço da tecnologia, para os hackers tornou-se muito mais fácil usar este tipo de ataque, agilizando o modo como conseguiam as informações. Mas o método em si, é simples, sendo uns dos primeiros utilizados por cibercriminosos.
Neste artigo, iremos entender o que é o ataque de força bruta e como se defender.
Ataque de força bruta: o que é?
Para ter acesso as contas virtuais, é necessário que a pessoa crie um login e senha. Cada aplicação tem uma regra para esta senha, como número mínimo de caracteres, letras maiúsculas e minúsculas, caracteres especiais, números e letras, etc. Com certeza, já passou por um momento de ter que criar uma senha com estas características.
A criação de uma palavra-chave é justamente para criar uma proteção em seus logins. Ela é literalmente um chave que só você possui para abrir aquela porta. Quanto mais pessoas souberem a sua senha, quer dizer que mais pessoas possuem uma chave para entrar ali. E quanto mais complexa ela for, podemos dizer que sua porta é mais segura, como se tivesse uma fechadura a mais.
O ataque de força bruta é o método que irá tentar adentrar a sua porta (login) com sua chave (senha). O problema é que para o cibercriminoso, ele não sabe quais são os seus acessos, então é como se deparar com um longo corredor cheio de portas e um chaveiro com muitas chaves, e ele terá que adivinhar qual é a combinação correta.
Assim, o ataque de força bruta é um ataque cibernético que usa o método de tentativa e erro para adivinhar essas informações e entrar em contas por meio da “força”, fazendo tentativas sistematicamente de combinações possíveis até encontrar a correta.
Para conseguir o acesso da autenticação, o autor do crime pode fazer as combinações de forma manual, o que leva muito mais tempo, ou automaticamente por meio de programas e scripts, o que é muito mais rápido. E quanto mais potente for o dispositivo usado, muito mais rápido o hacker conseguirá fazer as tentativas.
Tipos de ataque de força bruta
Existem alguns tipos de ataques de força que podem ser usados por cibercriminosos. São eles:
1 – Preenchimento de credenciais
Os invasores usam combinações de nome de usuário e senha roubadas coletadas de uma fonte e as testam em outros sites, confiando na tendência dos usuários de reutilizar senhas em outras contas e mídias sociais, por exemplo.
2 – Ataque de força bruta reverso
Neste tipo, o caminho é feito ao contrário. Os hackers usam senhas conhecidas, como as mais usadas (exemplo: senha1234) e vão testando credenciais de login até encontrar uma que corresponde com a senha. Essas senhas são obtidas por vazamentos de violações acontecidas antes e que estão disponíveis online.
3 – Ataque de força bruta simples
Esse método é chamado de simples porque ele utiliza o modo manual, sem nenhuma ferramenta ajudando o cibercriminoso que irá tentar adivinhar a senha por combinações padrões ou códigos PIN. As vítimas são pessoas que possuem o hábito de ter senhas fáceis ou a mesma para diversos logins, tornando muito mais fácil para o hacker a invasão.
4 – Ataques de dicionário
O nome “ataque de dicionário” vem de hackers que passam por dicionários, como listas, frases e números comumente usados, e alteram palavras com caracteres e números especiais.
5 – Ataques de força bruta híbrida
Um ataque de força bruta híbrida é quando um hacker combina um método de ataque do dicionário com o simples. Com um nome de usuário conhecido, o atacante realiza um ataque ao dicionário e métodos simples de força bruta para descobrir uma combinação de login de conta.
Por que hackers utilizam ataque de força bruta?
O ataque de força bruta é usado principalmente para os hackers conseguirem se infiltrar dentro de um sistema. Podemos dizer que este método é como uma porta de entrada e, assim que estiver dentro, o criminoso irá tentar se locomover pelo ambiente para conseguir benefícios, como:
Roubo de dados
Uma vez dentro do ambiente, o criminoso irá tentar encontrar todo o tipo de dados e informações sensíveis possíveis para utilizar a seu favor. Esses dados podem ser credenciais privilegiadas para ter acesso a informações que usuários comuns não possuem, como dados bancários, dados pessoais, entre outros. Com isso, eles podem fazer pedidos de resgate para a empresa ou se tiverem dados financeiros, por exemplo, fazer compras, gerar cartões, etc.
Espalhar malwares
O malware é um software malicioso que é usado para infectar, danificar ou obter acesso a sistemas de computador. Em ataques de força bruta, assim que está dentro do ambiente, o hacker irá espalhar malwares em e-mails ou escondido dentro de sites para gerar mais vulnerabilidades.
Uso de seu sistema para botnets
Com a instalação de um malware, cibercriminosos podem controlar o seu dispositivo para fazer parte de uma rede de ataques. Para esse tipo de rede é dado o nome de botnet.
Como se proteger de ataques de força bruta?
Para se proteger desse tipo de ataque, há desde práticas mais simples até mais complexas, mas que juntas formam uma barreira robusta que dificulta a vida dos cibercriminosos. São elas:
Política de senhas
A política de senhas nada mais é do que regras que são usadas para determinar como será a criação de senhas dentro da sua organização e assim aumentar a cibersegurança. Entre estas regras, estão: complexidade da senha, tamanho, caracteres especiais, tempo de expiração, uso de MFA, entre outros.
Multifator de Autenticação (MFA)
O MFA é uma etapa essencial. O multifator de autenticação é uma etapa a mais do login, ou seja, logo depois de inserida a senha, é pedido ao usuário mais uma autenticação para logar, dificultando o acesso dos cibercriminosos. O MFA pode ser algo que você é (digital), possua (um dispositivo) ou conheça (senha ou PIN).
Uso de CAPTCHA
Você com certeza já se deparou com este método em algum momento. O CAPTCHA verifica se o usuário é um robô ou humano. Se o hacker estiver usando programas para o ataque de força bruta, será barrado.
Bloqueio de tentativas
Use um sistema de senhas que faça o bloqueio automático da conta depois de uma certa quantidade de tentativas de login erradas e também determine o tempo em que uma nova tentativa poderá ser feita. Colocar uma política com que faça que seja necessário que o usuário entre em contato com o administrador ou equipe de TI para desbloquear a conta é outra forma de tornar o acesso mais seguro.
Treinamento de usuários
O erro humano sempre é um dos fatores que mais ajuda os cibercriminosos. A conscientização de funcionários é importante para eles entenderem a importância da política de senhas e como gerenciar suas senhas (usar um cofre de senhas, por exemplo).
Conclusão
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