O que é um plano de recuperação de desastres em TI?

Falhas em servidores, ataques cibernéticos, apagões repentinos, erros humanos… São vários os cenários que podem acabar tirando um sistema do ar e paralisar uma operação inteira. E quando isso acontece, cada minuto de inatividade pode representar a perda de produtividade, e em muitos casos, até perda de dados sensíveis.

É por isso que as empresas que levam a sério a continuidade dos seus negócios precisam estar preparadas para reagir com agilidade quando o pior acontecer, utilizando de um método chamado plano de recuperação de desastres.

Neste artigo, você vai entender o que é esse plano, por que ele é tão importante para a área de TI, como ele funciona, quais seus tipos, e claro, o que não pode faltar na hora de montar um plano realmente eficaz.

O que é um plano de recuperação de desastres em TI?

Quando pensamos em desastres, a primeira imagem que vem à mente das pessoas costuma envolver os fenômenos naturais, e sim, eles também afetam o mundo da tecnologia. Mas falando especificamente de TI, os desastres vão bem além disso. Estamos nos referindo a qualquer evento inesperado que cause a interrupção de sistemas, perda de dados ou falhas na infraestrutura tecnológica da empresa.

Isso pode acontecer por inúmeros motivos: um simples erro de configuração, uma atualização mal aplicada, um ataque ransomware, falhas de hardware ou até aquele famoso “alguém clicou onde não devia”, que é o que acontece quando um funcionário cai em um dos golpes da engenharia social. Em todos esses casos, o impacto vai muito além do setor de TI, o que pode afetar todas as operações.

É aqui que entra o plano de recuperação de desastres, funcionando como uma rota de emergência que guia a organização nos momentos mais críticos, ajudando a minimizar os danos, restaurar os serviços e proteger a integridade dos dados.

Por que ter um plano para se recuperar de desastres?

Ter este plano é como ter um "seguro de vida" digital para a empresa. Ele não impede que o desastre aconteça, mas garante que a organização tenha uma resposta rápida para lidar com ele, o que na prática pode ser a diferença entre um susto e um prejuízo milionário.

Imagine, por exemplo, que os servidores da sua empresa saem do ar por causa de uma simples queda de energia. Sem um plano bem estruturado, os times não sabem quem acionar, onde estão os backups, qual é a prioridade dos sistemas, nem por onde começar. A confusão domina, o tempo passa e os dados correm risco.

Agora pense no cenário oposto: existe um plano. Todo mundo sabe exatamente o que fazer, quem avisar, quais sistemas precisam voltar primeiro, onde estão os dados de backup e como fazer para os recuperar. A empresa sofre o impacto, sim, mas consegue reagir com mais rapidez para retomar as operações com o mínimo de perdas possível.

Então, não é uma questão de “se” algo vai dar errado, mas de “quando”. E, quando acontecer, o plano de recuperação de desastres vai ser a melhor ferramenta para enfrentar a crise e manter os negócios de pé.

Como funciona um plano de recuperação de desastres na prática?

Na prática, um plano de recuperação de desastres funciona como um roteiro de ação para situações críticas, como falamos anteriormente. Ele define passo a passo o que precisa ser feito para restabelecer os sistemas, recuperar os dados e retomar as operações o mais rápido possível.

Para isso, começamos com a identificação dos ativos mais importantes para o funcionamento da empresa: servidores, bancos de dados, aplicações, serviços em nuvem, etc. Depois, a equipe define duas métricas fundamentais:

  • RTO (Recovery Time Objective): mostrando em quanto tempo o sistema precisa voltar ao ar.

  • RPO (Recovery Point Objective): questionando qual é o ponto máximo de perda de dados aceitável. Ou seja, de quanto em quanto tempo os backups devem ser feitos.

Com essas duas informações, a empresa pode definir as estratégias de recuperação mais adequadas para o momento, como o uso de backups locais, armazenamento em nuvem, replicação de dados ou até a criação de ambientes alternativos prontos para assumir as operações.

O plano também define responsabilidades bem claras para cada etapa da resposta ao desastre. Nada improvisado, todo mundo sabe o que fazer e quando agir. E claro, para funcionar de verdade, esse plano precisa ser testado sempre e atualizado toda vez que houver mudanças na infraestrutura ou nos processos da empresa.

Quais os tipos de plano de recuperação de desastres?

Não existe um único modelo de plano de recuperação de desastres. As estratégias variam de acordo com o porte da empresa, o orçamento disponível, a criticidade dos sistemas e até o perfil dos riscos enfrentados. Mas, de forma geral, os tipos mais comuns são:

Backup e restauração tradicional

É o modelo mais básico. Consiste em fazer cópias periódicas dos dados e restaurá-los quando algo dá errado. Funciona bem para pequenas empresas ou sistemas menos críticos, mas pode levar mais tempo para recuperar tudo.

Site frio (cold site)

Considerado um local alternativo pronto para ser usado em emergências, mas que ainda precisa ser configurado e ativado. A recuperação demora mais, mas é uma opção econômica.

Site quente (hot site)

Ambiente duplicado e sincronizado com o sistema principal, pronto para entrar em ação quase imediatamente. Oferece recuperação rápida, mas exige mais investimento.

Virtualização

Permite espelhar máquinas e sistemas inteiros em ambientes virtuais, facilitando a retomada com poucos cliques. É uma opção moderna, prática e bastante adotada.

Recuperação de desastres como serviço (DRaaS)

É quando uma empresa terceiriza toda a estratégia de recuperação para um provedor especializado — que cuida de tudo, desde o backup até a restauração.

Cada modelo tem suas vantagens e limitações, e muitas empresas optam por combinar diferentes tipos para cobrir todos os cenários.

Como a ManageEngine pode ajudar nesse processo?

Se preparar para desastres é essencial, mas colocar isso em prática, com agilidade e eficiência, é um desafio à parte. É por isso que soluções como o RecoveryManager Plus, da ManageEngine, fazem tanta diferença no dia a dia da TI.

Com ele, você pode automatizar backups, restaurar objetos do seu ambiente em poucos cliques e garantir que informações críticas estejam sempre protegidas, mesmo diante de falhas inesperadas. Tudo isso centralizado em um console intuitivo e automatizado de forma simples e, claro, segura.

Ter essa ferramenta é como ter uma rede de segurança que está sempre pronta para entrar em ação quando mais precisar, com a velocidade e a precisão que sua organização merece.