Computação Forense: entenda o que é e seus principais usos

Uma pesquisa realizada pela ManageEngine entrevistou cerca de 200 especialistas de TI, com o objetivo de entender o cenário da cibersegurança nas organizações. 54% dos entrevistados afirmaram que suas empresas sofreram ataques cibernéticos.

No entanto, para contrapor o aumento de crimes cibernéticos, 77% afirmaram que estão investindo mais na área de segurança. Além disso, métodos de investigação avançados são utilizados por profissionais da área.

Uma técnica que contribui para esse cenário é a computação forense. Leia este artigo para explorar como ela funciona, suas etapas e alguns casos de uso.

O que é a computação forense?    

Também conhecida como ciência forense computacional, trata-se de um conjunto de processos que visam manipular evidências do meio digital para auxiliar em investigações de cibercrimes.

Quando pensamos na palavra "forense", é comum associarmos a investigação de crimes, já que os peritos criminais utilizam técnicas forenses para desenhar como tal cenário aconteceu. O conceito da computação forense é o mesmo, porém aplicado no universo das mídias digitais.

Nesta abordagem, deve-se fazer a identificação, preservação, recuperação, análise e apresentação de todas as evidências coletadas. Confira como funciona cada fase no tópico a seguir!

Quais são as etapas da computação forense?    

A divisão desse conjunto de processos em etapas contribui para que cada atividade realizada seja feita de maneira ordenada. Confira quais são elas:

1 - Identificação dos fatos    

A primeira etapa consiste em identificar o que, como e quando o crime aconteceu para reunir as evidências digitais.

Exemplo: se ocorrer um vazamento de dados na empresa, a máquina onde o crime aconteceu é uma evidência, bem como outros arquivos e conversas que podem estar armazenadas nela.

Nesta fase, é comum que sejam feitas entrevistas com os suspeitos e envolvidos e realizar a apuração do meio digital onde o cibercrime aconteceu.

2 - Preservação de evidências    

É necessário garantir que as evidências identificadas não sofram nenhuma alteração ou sejam destruídas. É imprescindível manter a integridade delas.

3 - Aplicação da análise forense    

Esta etapa visa extrair, analisar e interpretar todos os logs e dados para encontrar provas e, por fim, trilhar o caminho do crime cibernético.

Contar com uma ferramenta robusta que ajude na análise dessas informações é crucial. Optar por uma busca manual pode levar tempo e abrir brechas para erros.

Soluções que utilizam machine learning e inteligência artificial para coletar logs, interpretá-los e que ainda ajudam especialistas a encontrar o centro do problema, ou seja, sua causa raiz, tornam essa etapa mais ágil.

O Log360 da ManageEngine pode ser um grande aliado nesta etapa!

Nossa ferramenta de Segurança da Informação e Gestão de Eventos (SIEM) possui recursos de Data Loss Prevention (DLP)Cloud Access Security (CASB). Além de todas as funcionalidades mencionadas, ele detecta e investiga minuciosamente ameaças da segurança.

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4 - Apresentação de relatórios    

Ao longo de todo processo, é muito importante que cada etapa seja documentada. Isso vai facilitar na apresentação de todos os relatórios do caso.

Eles devem ser claros, técnicos e detalhados. Afinal, serão apresentados às autoridades.

Casos de uso da computação forense    

Infelizmente, existem diferentes tipos de cibercrime. Destacamos aqui alguns cenários nos quais a ciência computacional forense deve ser aplicada:

Ataques de hackers maliciosos     

Vários ataques podem se enquadrar aqui, como técnicas de malware, ransomware, ataques DDoS, entre outros. Todos esses têm o mesmo objetivo: invadir sistemas de organizações e, através disso, lucrar de alguma forma.

Para estes casos, a computação forense consegue rastrear a ameaça, analisando todos os logs envolvidos. Isso ajuda na comunicação de incidentes de segurança cibernética e passa maior credibilidade aos stakeholders.

Violações decorrentes de funcionários    

O ambiente interno também representa uma ameaça, já que não é uma boa prática confiar que colaboradores nunca irão cometer algum tipo de violação ou acesso indevido.

Nessas situações, a ciência computacional forense é fundamental pois, como mencionado, ela ajuda a trilhar o caminho da ameaça e identificar quem causou o problema.

Ciberbullying    

Qualquer tipo de assédio, humilhação ou ameaça feita no ambiente digital é considerado ciberbullying. Essa abordagem permite o rastreamento de endereços de IPs, ajudando a encontrar o atuante de tal prática.

Fraudes online    

Golpes digitais estão aumentando cada dia mais. Os cibercriminosos usam sites e aplicativos falsos para obter dinheiro de suas vítimas.

Através desta técnica, é possível fazer o rastreamento de transações e contas suspeitas, além da verificação de metadados em documentos como prints de imagens, arquivos PDF maliciosos, entre outros.

Conclusão    

O universo digital, por ser não algo "físico", dá mais liberdade para que os criminosos atuem, já que muitas vezes não se vê "quem" e "onde" o crime está acontecendo. A computação forense surgiu para que cibercrimes não fiquem impunes por falta de evidências.

Sem dúvidas, é fundamental para cibersegurança e pode ser usada como um instrumento que usa a tecnologia a favor da investigação, transformando dados em provas e combatendo crimes avançados.