computador no centro fazendo transmissão de dados para dispositivos e nuvem

Quando falamos de tendências no mundo da tecnologia, sempre nos vem à mente um mundo conectado e com mais dispositivos conversando entre si com o crescimento da IoT.

Porém, outra tecnologia que pode moldar o futuro é o edge computing, ou a computação em borda, que tem como objetivo descentralizar a computação, trazendo os servidores para perto de onde os dados são processados, tornando essa troca mais rápida.

Uma pesquisa feita pela Accenture com executivos de 18 setores revelou que 83% acredita que que a computação de borda será essencial para se manter competitivo no mercado.

Continue lendo este artigo para entender o que é edge computing e como ele irá impactar o mercado!

O que é edge computing?

O edge computing (ou computação de borda) é o conceito em que os dados são processados no limite da rede. Aqui, os servidores são movidos para o mais perto possível dos dados, ou seja, para a “borda”.

Neste tipo de arquitetura, estamos falando de trazer a descentralização dos datacenters. Ao invés de um local com um grande volume de servidores, este conceito espalha os servidores para diversos locais, deixando-os mais próximos de onde serão utilizados.

Quando falamos de transmissão de dados, devemos levar 3 fatores em consideração: largura de banda, latência e congestionamento.

  • Largura de banda: capacidade de transmissão de dados, sendo a velocidade que ela essa transmissão acontece, mensuradas em megabits por segundo (Mb/s) ou gigabits por segundo (Gb/s). Quanto mais baixa for a largura de banda, quer dizer que mais lenta está sendo a velocidade de transmissão. Uma largura de banda com alto desempenho previne que gargalos na comunicação aconteçam.

  • Latência: basicamente, é o tempo de transmissão de dados pela rede, ou seja, quanto demora para sair de um dispositivo e chegar no servidor, na outra ponta. Quanto mais longe do servidor, mais tempo os dados demoram para chegar de um ponto a outro. Redes com baixa latência significa que seu tempo de resposta está sendo rápido.

  • Congestionamento da rede: isso é o que acontece quando muitos usuários estão usando a rede ao mesmo tempo ou grande volume de transmissão de dados, e a largura de banda e latência não dão conta, levando à um pico.

Mas qual a relação desses 3 fatores com o edge computing? Tudo! Como explicado acima, a computação de borda faz com que os dados sejam transmitidos de forma mais rápida. Ao trazer os servidores para mais perto de onde as transmissões estão ocorrendo, esses 3 fatores vão ser otimizados, fazendo com o que processamento seja muito mais rápido.

Quais as vantagens do edge computing?

O edge computing veio para modificar o modo como a transmissão de dados é feita, principalmente com a IoT e o 5G em expansão. Com isso, diversos setores também se beneficiarão com a computação em borda.

Alguns de seus benefícios são:

Aumenta da velocidade da resposta

Já se deparou com um documento que precisava fazer o download, mas por ser muito pesado, demorou mais do que esperado? Com o edge computing, isso não irá mais acontecer. A proposta deste conceito é que as respostas sejam instantâneas e não haverá mais tempo de espera, com transmissões muito mais rápidas do que temos atualmente.

Diminuição das falhas de serviço 

Com respostas mais rápidas, as falhas também diminuem. Isso porque aumenta a confiabilidade do sistema ao fazer o processamento dos dados no local, reduzindo a dependência da utilização da nuvem. Por ter o aumento da latência e redução da largura de banda, também há menos riscos de perda de dados por congestionamento.

Suporte a aplicações críticas

Aplicações que exigem baixa latência e alto desempenho, como veículos autônomos, sistemas de monitoramento de saúde em tempo real e automação industrial, reconhecimento facial, entre outros, que necessitam de uma resposta muito rápida para não haver falhas que podem levar até à graves incidentes, podem se beneficiar significativamente do Edge Computing.

Melhoria da experiência do usuário 

Duas das grandes promessas do futuro são o 5G e o IoT (internet das coisas) que prometem criar uma grande rede com tudo interconectado entre si, com diversos dispositivos conversando a uma velocidade extraordinária e isso só será possível se tiver a redução da latência, justamento o que o edge computing propõe com sua arquitetura.

Mas como isso afeta a experiência do usuário? Você já desistiu de acessar algum site porque ele demorou um pouco mais para carregar? Ou usar um app porque ele era lento demais? Isso é um problema de transmissão de dados e latência! Com o edge computing e 5G, este problema será resolvido, com aplicações funcionando de maneira muito mais rápida.

Como podemos ver, há uma grande otimização dos processos com a computação em borda. Empresas que aplicam essa tecnologia irão sair na frente do mercado competitivo, tornando-as mais eficientes, produtivas e conectadas.

Desafios do edge computing  

Como uma tecnologia que está sendo mais explorada recentemente, a computação em borda ainda apresenta alguns desafios quanto ao seu uso. Alguns deles são:

  • Segurança: o fato de que haverá diversos servidores distribuídos pela rede de forma descentralizada, tornando difícil o seu monitoramento e gestão, tornando-se um alvo fácil para ameaças.

  • Alto custo devido à infraestrutura avançada: para ter uma alta perfomance com a largura de banda e baixa latência, é necessário um grande investimento, assim como investir para se ter servidores o mais próximos possíveis ou no local em que há a transmissão de dados.

  • Gestão: assim como a segurança, ter diversos servidores espalhados, como pequenos datacenters, torna o gerenciamento muito mais trabalhoso e complexo. Sem uma solução que consiga fazer um monitoramento, um deles facilmente pode ser esquecido.

Conclusão 

O edge computing promete ser o próximo avanço na tecnologia, podendo ser uma das tendências a se ficar atento, assim como aconteceu com a nuvem.

O seu grande poder de processando de dados já está revolucionando diversos setores, como a medicina em cirurgias à distância; a agricultura moderna para processar a colheita e monitorar temperatura, plantação e máquinas, etc e parques industriais e cadeias varejistas para conferir estoques, lidar com e-commerce e monitorar equipamentos.

A computação de borda ainda está em seus primeiros passos, principalmente devido aos seus desafios de implantação e monitoramento, mas já é uma realidade para muitas empresas. Mas mesmo em um parque de servidores descentralizados, é possível fazer a gestão dos datacentes e o mais importante, tornar o edge computing seguro e eficaz.

Apesar dos desafios, é possível fazer o monitoramento do edge computing. Usar uma solução, como o OpManager Plus da ManageEngine, para monitorar os servidores pode trazer mais facilidade quanto a como utilizar esta tecnologia, tendo insights de onde ela é necessária ou não. Por exemplo, em um prédio em que se usa reconhecimento facial, é necessário que haja um processamento rápido de dados para quando a pessoa chegar e se aproximar do aparelho, a resposta seja rápida, então um servidor o mais próximo dali seria necessário. Porém, se a administração quer guardar informações de quantas pessoas passam por mês, horários de maior movimento e outros detalhes, não seria necessário que esses dados fiquem neste servidor próximo.

Com a nossa solução, também é possível monitorar o desempenho de todos os servidores em sua rede por meio de métricas, assim como o consumo da largura de banda e o tráfego para não ocorrer congestionamento. Além disso, a solução oferece o gerenciamento de firewall para detecção de anomalias e possíveis ameaças à segurança da rede.

E mesmo com uma infraestrutura distribuída, o OpManager Plus é uma ferramenta completa com tudo o que você precisa para monitorar e gerenciar seu ambiente de TI em um único console.

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