Cinco leituras recomendadas é uma coluna regular sobre cinco itens notáveis que descobrimos ao pesquisar tópicos, tanto em tendências quanto atemporais. Nesta semana, vamos conhecer o metaverso e o que ele guarda para o futuro da tecnologia e da experiência do usuário.

Quando o Facebook mudou seu nome para Meta em setembro de 2021, uma nova palavra da moda tomou conta do mundo da tecnologia: o metaverso. Até então, a busca pelo conceito de metaverso levaria a um romance de 1992 escrito pelo novelista de ficção científica Neal Stephenson. Ele originou o termo “metaverso” para descrever um mundo virtual fictício. Trinta anos depois, as principais empresas de tecnologia estão tornando isso uma realidade.

Então, o que é o metaverso e por que há todo esse hype? 

Embora não exista uma definição formal, o metaverso é entendido como um mundo virtual que fornece experiências imersivas e aumentadas usando tecnologias como AR, VR e IoT.

Nos termos mais simples, o metaverso permite que os usuários tenham uma presença digital em um mundo virtual, interajam com outros usuários e explorem experiências aumentadas – ou seja, ter uma vida digital. O metaverso também facilita a propriedade de ativos digitais com a ajuda da tecnologia blockchain: os usuários podem criar, comprar ou vender ativos digitais, que podem variar desde vestuário virtual a terreno digital.

Além disso, também já  é possível ver concertos virtuais sendo realizados, com artistas e público participando como seus avatares. Esses eventos, assim como seus equivalentes físicos, oferecem merchandising e outras oportunidades de geração de receita para as empresas. Com eventos como encontros, competições de jogos e casamentos sendo realizados no metaverso, seu futuro parece brilhante, com infinitas possibilidades de experiências aumentadas.

A Bloomberg espera que a oportunidade de receita do metaverso seja de cerca de US$ 800 bilhões em 2024. Embora os primeiros adeptos do metaverso pareçam estar na indústria de jogos, entretenimento e mídia social, empresas de outros setores estão competindo para garantir sua fatia desse metabolo.

A Apple, por exemplo, adquiriu a startup de realidade virtual NextVR em 2020. Já a Microsoft comprou recentemente a gigante de jogos Activision Blizzard por US$ 68,7 bilhões. Os gigantes de tecnologia chineses Tencent e Alibaba registraram marcas comerciais relacionadas ao metaverso. Em uma tentativa de desenvolver um conceito de mundo virtual, a Epic Games levantou US$ 1 bilhão.

Portanto, aqui estão cinco dimensões interessantes do metaverso que você precisa conhecer, e que podem afetar o futuro da humanidade.

Nossas leituras recomendadas: 

  1. Metaverso: tudo sobre o mundo virtual que está chamando a atenção dos investidores 

Mesmo no seu estágio inicial, o Metaverso promete mudanças inimagináveis para a experiência dos usuários de tecnologia. O mundo esta prestes a testemunhar um novo horizonte de desenvolvimento – saiba como não ficar para trás.

  1. Por que as grandes empresas estão apostando no metaverso para vender mais? 

Com mais pessoas explorando as oportunidades de comércio no Metaverso, as grandes marcas precisam se aventurar no mundo virtual com produtos digitais. Empresas de moda como Gucci e Ralph Lauren estão se aventurando no espaço digital para atender às necessidades digitais dos consumidores. Com mais ativos digitais em circulação, existe a necessidade de evitar falsificações; felizmente, verificar a autenticidade de um ativo é algo que os tokens não fungíveis (NFTs) podem facilitar.

  1. Vida no metaverso: como a realidade virtual poderá afetar a percepção do mundo ao redor 

À medida que nos preparamos para um mundo virtual com infinitas possibilidades, surgem questionamentos sobre as interações sociais em tal mundo. O fato de ser um ambiente simulado tira a humanidade dos usuários do metaverso? Como a experiência  meta afetará o comportamento da vida real?

  1. Como o metaverso impacta o meio ambiente? 

Com a sustentabilidade sendo uma grande preocupação hoje, as organizações que se aventuram no metaverso têm sua parcela de responsabilidade em abordar a contribuição do metaverso para a crise climática. Embora alguns acreditem que essa nova tecnologia ajudará a reduzir a carga sobre o meio ambiente, diminuindo o consumo de bens físicos, é necessário concentrar esforços para minimizar o consumo de energia necessário para sustentar tal inovação.

  1. Quais são os principais perigos do metaverso e como se proteger? 

Embora seja claro que o metaverso vem com um enorme requisito de infraestrutura, uma das principais preocupações em sua operação é a segurança e a privacidade dos dados. Com o Facebook, que é bastante conhecido por sua gama de problemas com privacidade, sendo a empresa que está popularizando o metaverso, é natural que os consumidores queiram se prevenir e proteger.

Conclusão 

A transformação digital desencadeada pela pandemia desafiou os métodos tradicionais de administrar um negócio. As operações passaram de físicas para híbridas e até mesmo completamente remotas. A Accenture, uma empresa de consultoria, comprou recentemente 60.000 headsets VR para treinar seus funcionários em um esforço para “[replicar] a intimidade de um ambiente de trabalho pessoal, preservando a segurança e a flexibilidade de trabalhar em casa”. Além de fornecer oportunidades de receita, o metaverso também pode ajudar as empresas a transformar as operações tradicionais e, como neste caso, melhorar as experiências dos funcionários.

É evidente que a corrida para conquistar o metaverso favorecerá empresas inovadoras com acesso a poder computacional avançado, infraestrutura tecnológica, tecnologia de comunicação e patentes relacionadas ao metaverso. A próxima década testemunhará uma infinidade de fusões e aquisições feitas para construir as capacidades do metaverso das empresas, pois será uma necessidade para as marcas garantirem seu lugar no progresso.

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