imagem com fundo azul. Nela há vários roteadores e computadores. Na parte superior central está escrito - Segmentação de rede: é realmente importante fazê-la  - E acima há o logo da ManageEngine na cor preta

Quando se pensa no planejamento da planta de uma casa, um dos pontos centrais é a divisão dos cômodos, certo? Imagine como seria bagunçado se não houvesse essa divisão. Mas, no que isso se relaciona com o tema central deste artigo?

Essa é apenas uma analogia para simplificar o conceito de segmentação de rede, que envolve dividir a rede principal em grupos, as sub-redes.

Neste artigo, vamos explorar este conceito e responder à pergunta: segmentar redes é realmente importante para as organizações?

O que é segmentação de rede?  

A segmentação de rede está relacionada às arquiteturas de rede. O conceito é dividir as redes em segmentos ou sub-redes, ou seja, cada área da organização terá uma rede atuando de forma independente.

Ao segmentar as redes, é possível aplicar políticas específicas para cada sub-rede, por exemplo, a configuração de firewalls. Isso permite controlar e personalizar o acesso a determinadas áreas, bloqueando ou liberando o tráfego conforme necessário.

Essa abordagem faz com que os administradores de TI gerenciem o tráfego da rede de forma mais eficiente, mas isso não acontece de maneira aleatória. Há um planejamento estratégico cuidadoso para determinar exatamente como a segmentação será implementada, além de existirem diversas técnicas para esse processo.

O objetivo da segmentação de redes, além de facilitar a gestão, está fortemente ligado a um fator crucial: a segurança.

Ataques de movimentação lateral, por exemplo, tornam-se mais difíceis para hackers maliciosos, pois os administradores possuem um controle granular sobre as redes.

Com a rede segmentada, os administradores de TI obtêm maior controle sobre os perímetros de rede, que são barreiras invisíveis que separam redes internas e externas. Embora sejam intangíveis, esses perímetros podem ser representados por firewalls, gateways e roteadores.

E qual a relação do perímetro de rede e a segmentação? 

Quando ocorre a segmentação, é como se cada sub-rede adquirisse seus próprios perímetros. Isso proporciona um controle mais rígido e uma segurança aprimorada. Caso um incidente ocorra em uma área específica, ele não afetará necessariamente as demais.

Segmentar a rede é um processo complexo que, como mencionado anteriormente, exige planejamento estratégico e o uso de ferramentas adequadas para sua implementação. Quer saber mais? Confira no próximo tópico.

Como acontece a segmentação de rede? 

A segmentação de rede é executada por meio de técnicas e ferramentas. No entanto, Existem dois métodos comumente utilizados para segmentar redes: Segmentação física e segmentação lógica.

Segmentação física 

Na segmentação física, é imprescindível o uso de dispositivos de hardware, como firewalls e roteadores, conforme mencionado anteriormente. São esses dispositivos que permitirão aos administradores configurar e controlar o tráfego entre as sub-redes, aplicando as políticas adequadas.

Devido à necessidade de investir em ferramentas e equipamentos, esse tipo de segmentação geralmente exige um investimento maior.

Segmentação lógica 

Se na segmentação física é exigido algum tipo de dispositivo, na lógica o que é exigido é um software. Neste caso, as divisões da rede, na maioria dos casos são criados através das VLANs.

 VLANs (Virtual Local Area Networks) 

As VLANs são fundamentais para a segmentação de sub-redes dentro de uma rede física. Por exemplo, é possível criar uma VLAN para a equipe de marketing e outra para a equipe de finanças.

Isso garante que os dispositivos conectados à VLAN da equipe de marketing não terão acesso direto aos dispositivos da equipe de finanças, a menos que haja uma configuração específica em um roteador que permita essa comunicação.

Agora, pensando em ambientes na nuvem ou híbrido, como seria a segmentação de redes?

Neste caso, há um outro tipo de segmentação que deixa o controle das redes ainda mais granular: a microssegmentação.

Qual a diferença entre microssegmentação e segmentação de rede?

Na segmentação de redes, a rede principal é subdividida em partes maiores, como departamentos ou setores.

Já na microsegmentação, essa divisão é menor, mais refinada e o controle é mais granular. Ou seja, nela, o administrador consegue isolar e gerenciar o tráfego de forma individual, até mesmo por aplicação.

Por ser mais detalhada, é geralmente utilizada em data centers, servidores e ambientes na nuvem.

Por exemplo, imagine que dentro da sub-rede do departamento de compras seja aplicada este tipo de segmentação. Nesse caso, seria possível isolar o servidor da aplicação de compras do servidor da aplicação de manutenção.

Mesmo estando na mesma sub-rede, o tráfego de cada aplicação seria monitorado e controlado de maneira individual e detalhada.

A microssegmentação promove uma maior segurança cibernética em comparação à segmentação tradicional.

Afinal: é importante fazer segmentação da rede? 

A resposta para essa pergunta é: sim!

Independentemente de como você planeje segmentar ou microssegmentar sua rede, essa prática é fundamental e estratégica para a segurança das organizações. Para que se tenha uma percepção ainda mais clara da importância da segmentação de rede, listamos 3 benefícios:

1. Promoção da cultura Zero Trust 

Antes do conceito de Zero Trust, acreditava-se que proteger os perímetros da rede contra ameaças externas era suficiente para manter a segurança de uma organização, como no modelo de “castelo e fosso”.

Com a introdução do Zero Trust, as empresas passaram a reconhecer que as ameaças podem vir tanto de fora quanto de dentro da organização. Ou seja, o ambiente interno também pode ser uma fonte de risco.

Nesse contexto, a segmentação de rede se torna uma aliada essencial para implementar a cultura de Zero Trust. Cada sub-rede possui suas próprias políticas de segurança, permitindo que as equipes de segurança atuem de forma mais precisa e controlada em cada segmento.

2. Facilidade na realização de auditorias 

A realização de auditorias contínuas é fundamental para a segurança e o desempenho das organizações.

Com as redes segmentadas, esse processo pode ser simplificado. A identificação de anomalias por sub-redes agiliza a detecção de problemas, facilitando a localização exata da área de origem de uma possível ameaça ou gargalo.

Além disso, é possível realizar auditorias por setores específicos, tornando a atividade mais organizada e permitindo uma visão clara e segmentada de como cada área está operando. 

3. Priorização de pacotes 

A priorização de pacotes faz parte da gestão do tráfego de rede.

Através da segmentação de rede, é possível distribuir o tráfego em grupos específicos, permitindo que a distribuição de pacotes seja feita com base nas necessidades de cada área. Isso afeta a qualidade de serviço, porque facilita a identificação do uso da largura de banda e da latência, por exemplo.

Assim, se algumas aplicações em uma área específica exigem um nível maior de prioridade, o administrador da rede pode ajustar a configuração para atender a essa demanda, mantendo a qualidade do serviço e evitando interrupções.

Conclusão 

A segmentação de rede, de fato, é um aspecto crítico para qualquer empresa.

Quando realizada de forma estratégica e organizada, proporciona diversas vantagens. No entanto, é importante entender que isso é apenas o primeiro passo.

Para construir uma fortaleza de segurança na sua rede e no ambiente corporativo, é essencial contar com ferramentas robustas que apoiem esse processo. Invista preferencialmente em soluções que tenham a observabilidade como conceito central.

A observabilidade envolve um monitoramento muito mais complexo e aprofundado, analisando cada componente do ambiente organizacional. Atrelar este conceito à segmentação de rede eleva a segurança da organização. Mas em qual ferramenta investir?

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