Ainda não chegamos ao ponto em que filmes futuristas e de ficção científica prometeram, mas, com as possibilidades que a inteligência artificial está abrindo, podemos dizer que está mais perto do que nunca.

Não se pode negar que a tecnologia está avançando em uma velocidade inacreditável. Em dez anos, fomos muito além do que pensávamos que seria possível.

E se o assunto do momento é a Inteligência Artificial, há diversas questões que são levantadas com ela, principalmente em relação à ética. Afinal, devemos colocar um limite na inteligência artificial ou esperar que um futuro macabro chegue – ou não?

É isso que este artigo se propõe a discutir. Boa leitura!

O uso da inteligência artificial 

A IA é baseada em máquinas treinadas para pensar como seres humanos, aprendendo, raciocinando e tomando decisões. Para isso, ela aprende com uma base de dados com métodos como machine learning e deep learning.

Se a Inteligência Artificial surgiu como uma curiosidade ou estudo da área de tecnologia para trazer computadores cada vez mais potentes, hoje a sua utilização é muito mais abrangente.

Atualmente, com o avanço da IA, ela já está sendo usada em diversos setores. Entre eles, estão:

  • Medicina: esse é um setores que está sendo um dos mais promissores. Com a Inteligência Artificial, resultados de exames estão saindo mais rápido e com mais precisão, além de diagnósticos que antes eram mais tardios, estão sendo captados em estágios iniciais.

  • Transporte: o transporte público utiliza a IA para entregar aos usuários previsões de horários em tempo real. Já o GPS oferece as melhores rotas.

  • Varejo e negócios: muito usada para aumento da eficiência, como manter controle de estoque, melhor experiência do usuário, entre outros.

Entretanto, a área que continua explorando mais os benefícios da inteligência artificial continua sendo a Tecnologia da Informação. Em cibersegurança, a IA é usada na análise de comportamento de usuários e detecção de anomalias (UEBA).

A automação e a agilidade de processos também é afetada, aumentando a produtividade e diminuindo o índice de erros, auxiliando na gestão de TI.

Podemos observar que a inteligência artificial está se tornando muito mais do que uma tendência, mas uma realidade que chegou para ficar. Ao mesmo tempo, surgem os questionamentos.

Quais serão os limites para a Inteligência Artificial? É o que vai ser discutido adiante.

Limites para a inteligência artificial 

Não há outro jeito. Sempre que debatemos sobre a inteligência artificial, voltamos para o debate ético. Muitas preocupações giram em torno do que essa tecnologia é capaz, uma padrão que se repete sempre que algo novo é criado.

É impossível dizer que profissões não serão afetadas – muitas já estão sendo. Questões como demissões ou substituições no mercado de trabalho, plágios e direito autoral são os tópicos mais levantados.

Atualmente, uma questão ética levantada entre artistas é o uso de suas imagens ou vozes recriadas por inteligência artificial. Um exemplo recente que aconteceu em nosso país foi um comercial com Elis Regina, recriada pela IA para cantar com a filha. Enquanto por muitos foi considerada uma bela homenagem, levantou um debate ético sobre “reviver” artificialmente uma pessoa falecida.

Outras celebridades, como Madonna e Whoppi Goldberg   mudaram seus testamentos para que suas imagens não sejam recriadas por hologramas ou Inteligência Artificial.

Inclusive, há pouco tempo, atores e roteiristas estavam em greve em Hollywood. Entre as alegações, os atores estavam preocupados com estúdios comprando direitos de imagem e voz de atores por tempo indeterminado para ser gerado por IA e escrita de roteiros por programas como ChatGPT, que causaria demissões e diminuiria a qualidade da escrita.

Essas são só algumas das preocupações que levam à pergunta se a inteligência artificial deve ou não ser regulamentada.

Regulamentação da IA: como funciona? 

A grande questão que gira em torno da inteligência artificial é: em caso de erros, de crimes ou discriminação relacionados ao seu banco de dados, quem é o responsável? Quem a manipulou, a empresa que contratou, quem a treinou?

Muitos países discutem a regulamentação da inteligência artificial. Alguns não possuem a pretensão de algo do tipo, como os Estados Unidos, enquanto outros, como a União Europeia, já começaram a implantação de acordo com quatro categorias: risco baixo, limitado, alto e inaceitável. No Brasil, o projeto ainda está em fase de análise.

Conclusão 

A verdade é que a tecnologia ainda lida com muitas áreas cinzas e delicadas. Enquanto isso, contamos com as boas práticas e conscientização das empresas que investem em sua produção e desenvolvimento. Na área de TI, diversas soluções já possuem gerenciamento baseado em IA, trazendo os melhores benefícios para as corporações.

Porém, a IA ainda possui limitações. Apesar de gerar textos e imagens, ainda não são complexas e baseadas em senso comum, sem possuir a criatividade do ser humano, assim como não conseguem tomar decisões baseadas em variáveis não previstas.

Para os otimistas, o futuro com a inteligência artificial pode ser brilhante. Para os mais que ainda possuem um pé atrás, um futuro como Matrix ou uma Megan não é totalmente impossível.