As empresas estão lidando com o aumento da demanda por desempenho e flexibilidade em ambientes de TI, e a virtualização apareceu para ajudar a otimizar os recursos de forma mais simples.
A partir desse conceito é possível transformar um servidor físico em várias máquinas independentes, sem perda de performance e aumento de custos. Isso permite que as empresas se adaptem rapidamente às necessidades e economizem em diversas áreas.
Neste artigo explicaremos o conceito de virtualização, como essa tecnologia surgiu, quais são suas variações, as vantagens e desafios que as empresas lidam ao adotá-la e como realizar o seu monitoramento. Boa leitura!
O que é virtualização?
É uma tecnologia que transforma a forma como utilizamos os recursos de TI. Um único hardware físico pode funcionar como várias máquinas virtuais. Cada uma delas opera como se fosse um computador separado, com seu próprio sistema operacional (SO), aplicações e configurações.
Para isso é utilizado um software, firmware ou hardware com um hipervisor, que age como um intermediário dividindo os recursos do hardware físico, como processador, memória e armazenamento entre as máquinas virtuais. Assim, é possível aproveitar ao máximo o potencial de um servidor físico.
A virtualização é muito utilizada em datacenters, ambientes de desenvolvimento e até mesmo em desktops. Ela abriu portas para novas possibilidades, como computação em nuvem e escalabilidade.
Como esse conceito surgiu?
Além de entender o que é a virtualização, vamos entender como este conceito surgiu. Pode parecer uma ideia moderna, mas suas raízes remontam à década de 1960. Naquela época, grandes empresas utilizavam os chamados mainframes, que eram computadores gigantescos e extremamente caros. O problema era que esses equipamentos, apesar de potentes, não eram utilizados em sua capacidade total e isso resultava em desperdício de recursos. Foi aí que surgiu a necessidade de otimizar o uso desses sistemas.
A IBM foi uma das pioneiras nesse campo. Para maximizar a eficiência dos seus mainframes, a empresa desenvolveu uma tecnologia que permitia dividir a capacidade de processamento em várias partes, criando ambientes isolados dentro de um mesmo hardware. Esse foi o início do que hoje chamamos de virtualização.
O conceito continuou a evoluir ao longo das décadas seguintes, mas foi nos anos 1990 e 2000 que a virtualização realmente ganhou destaque. Isso aconteceu graças ao avanço dos processadores e ao desenvolvimento dos hipervisores modernos, que tornaram essa tecnologia mais acessível.
Hoje, a virtualização não está restrita apenas a grandes empresas. Ela se tornou uma solução estratégica para negócios de todos os portes e uma base fundamental para as tecnologias mais avançadas, como computação em nuvem e infraestrutura como serviço (IaaS). O que começou como uma solução para melhorar a eficiência de mainframes se transformou em uma das inovações mais impactantes da história da TI.
Como funciona a virtualização?
Para começar a virtualizar, deve ser levada em consideração a capacidade de recursos que existe no hardware que será utilizado e o quanto de recurso será direcionado ao objeto virtualizado.
Por exemplo, se você for criar uma VM para virtualizar uma aplicação, é necessário saber quanto de CPU essa aplicação vai usar e quanto tem disponível.
O próximo passo é escolher o hipervisor para saber de qual forma prosseguir, que pode ser de duas maneiras distintas, sendo uma de forma nativa e a outra com o sistema operacional.
Quando esse processo acontece de forma nativa, é utilizado o bare-metal, um hypervisor tipo 1 responsável pela configuração da máquina virtual que será utilizada. Muito mais comum em datacenters, o administrador consegue configurar a VM direto no hardware.
Já a que é feita através de um sistema operacional, é necessário utilizar um software de hypervisor tipo 2, onde todas as configurações da VM serão feitas por ele.
Com o hypervisor funcionando, o administrador cria as máquinas virtuais e define os recursos. Dentro das VMs é instalado o sistema operacional desejado, depois a configuração da rede virtual e o endereçamento IP adequado.
Depois que tudo estiver certo para começar a usar, é preciso realizar testes para checar se a operação está correta. Após isso, fica a critério da pessoa responsável o que irá fazer naquele ambiente.
Quais são os tipos de virtualização?
A virtualização é uma tecnologia versátil e sua aplicação varia de acordo com as necessidades de cada ambiente de TI. Com o passar do tempo, surgiram diferentes tipos de virtualização, cada uma focada em resolver problemas específicos, seja no gerenciamento de servidores, no armazenamento de dados ou na experiência dos usuários finais. Conheça os principais:
1) Virtualização de servidores
Este tipo de virtualização consiste em dividir um único servidor físico em várias máquinas virtuais independentes, cada uma com seu próprio sistema operacional e aplicações. É feito por meio de um hypervisor, gerenciando os recursos do hardware e os distribuindo entre as máquinas virtuais.
Várias aplicações podem ser executadas no mesmo equipamento sem interferências, permitindo também uma facilidade na escalabilidade.
2) Virtualização de desktop
Ele permite que o ambiente de trabalho de um usuário, incluindo sistema operacional, aplicações e arquivos, sejam executados em um servidor central e acessado remotamente por diferentes dispositivos, possibilitando que os usuários acessem seus desktops de qualquer lugar, em qualquer dispositivo, com desempenho consistente.
3) Virtualização de rede
Esta variação consiste em combinar hardware e software para criar redes virtuais independentes dentro de uma infraestrutura física. Essa tecnologia permite que múltiplas redes sejam configuradas, gerenciadas e operadas de forma separada, mesmo utilizando o mesmo hardware físico.
Ela oferece maior flexibilidade, simplifica a administração e otimiza o uso dos recursos, tornando as redes mais ágeis e adaptáveis às demandas das empresas.
4) Virtualização de armazenamento
Este tipo de virtualização combina múltiplos dispositivos físicos de armazenamento em uma única unidade virtual, facilitando o gerenciamento dos dados, melhorando a eficiência e oferecendo maior flexibilidade para alocar e otimizar o espaço de armazenamento conforme necessário.
5) Virtualização de aplicações
Aqui as aplicações podem ser executadas de forma isolada, sem necessidade de instalação direta no sistema operacional do dispositivo. Isso permite que as aplicações sejam distribuídas e gerenciadas com facilidade, podendo ser acessadas de diferentes plataformas e dispositivos.
6) Virtualização de dados
Com este tipo de virtualização, os dados são abstraídos de suas fontes físicas, criando uma visão unificada e centralizada para os usuários e sistemas, permitindo que as informações sejam acessadas independentemente de onde estão armazenadas, seja em servidores locais, nuvem ou dispositivos diversos.
Quais os benefícios da virtualização?
Ao adotar essa tecnologia, as organizações podem reduzir os custos com hardware, já que é possível juntar vários servidores em um único lugar e utilizar um provedor de serviço. Isso se traduz em menos equipamentos, menor consumo de energia e menos espaço necessário para servidores, o que contribui para uma infraestrutura mais sustentável.
A virtualização melhora a flexibilidade e a escalabilidade das operações. Com a capacidade de criar e gerenciar várias máquinas virtuais em minutos, as empresas podem adaptar seus recursos de TI para atender a novas demandas de forma ágil. Por exemplo, uma empresa de e-commerce pode criar uma máquina virtual extra para suportar o aumento de tráfego durante uma promoção sazonal, sem precisar comprar um novo servidor físico.
Ela também oferece mais segurança e continuidade nos negócios. Em caso de falha de um servidor, as máquinas virtuais podem ser rapidamente transferidas para outro, garantindo que os serviços fiquem em funcionamento sem interrupções significativas.
Com isso, podemos notar a importância de aderir esta tecnologia que colabora para que as empresas cresçam conforme suas necessidades aumentam.
Quais desafios as empresas podem enfrentar ao adotar essa prática?
Mesmo oferecendo muitos benefícios, as empresas também podem enfrentar alguns desafios.
Um dos principais obstáculos é o custo inicial de implementação. Embora a virtualização possa reduzir os custos a longo prazo, o investimento inicial em softwares de virtualização, treinamento de equipes e ajustes na infraestrutura pode ser significativo. Empresas menores ou com orçamentos limitados podem encontrar dificuldades nesse primeiro momento.
Outro desafio está relacionado ao gerenciamento de ambientes virtuais complexos. À medida que as empresas adicionam mais máquinas virtuais e sistemas à sua infraestrutura, pode se tornar complicado monitorar e gerenciar todos os recursos de forma eficiente. Isso exige ferramentas de gerenciamento robustas e equipes de TI bem treinadas para garantir que tudo esteja funcionando corretamente, sem sobrecarregar o sistema.
A segurança também se torna uma preocupação maior com a virtualização. Embora ela ofereça vantagens de proteção, como a possibilidade de mover rapidamente as máquinas virtuais em caso de falhas, também abre novas vulnerabilidades. A segmentação incorreta de recursos virtuais ou a falta de atualizações pode expor as empresas a ataques cibernéticos, como o roubo de dados ou a propagação de malware.
Outro ponto importante é a compatibilidade de software. Algumas aplicações podem não ser totalmente compatíveis com ambientes virtuais, o que pode exigir ajustes ou até mesmo a migração para soluções alternativas. Isso pode gerar custos adicionais e exigir tempo de adaptação.
Sendo assim, as empresas precisam estar preparadas para lidar com os desafios que podem surgir, investindo em treinamento, ferramentas adequadas e estratégias de segurança para garantir uma implementação bem-sucedida e a manutenção da infraestrutura virtual.
Como monitorar as Máquinas Virtuais?
As empresas precisam garantir que suas VMs sejam monitoradas de maneira adequada para detectar problemas antes que eles impactem o desempenho ou causem interrupções nos serviços. Sem esse acompanhamento, a infraestrutura virtualizada pode sofrer com falhas de desempenho, consumo excessivo de recursos ou até riscos de segurança, o que poderia afetar a continuidade dos negócios.
1) Realize o acompanhamento dos recursos
Primeiramente, é importante acompanhar o uso de CPU, memória, armazenamento e largura de banda. Como várias máquinas virtuais compartilham os mesmos recursos de um servidor físico, a sobrecarga de um desses componentes pode afetar o desempenho de outras máquinas. Monitorar esses indicadores em tempo real permite identificar gargalos e agir antes que se tornem problemas graves, garantindo a estabilidade do ambiente virtualizado.
2) Faça o monitoramento do desempenho de aplicações
Muitos problemas de desempenho são causados por configurações inadequadas ou pela limitação de capacidade de uma VM específica, e não por falhas de hardware. Ao acompanhar as aplicações, a equipe de TI consegue detectar falhas com mais precisão e otimizar o uso dos recursos, evitando que sua performance seja prejudicada.
3) Monitore a rede de forma contínua
As VMs dependem de uma conexão estável para se comunicarem entre si e com o ambiente externo. Falhas ou lentidão na rede podem afetar diretamente o desempenho das máquinas virtuais e prejudicar essa comunicação. Então, monitorar a conectividade de rede e a largura de banda ajuda a garantir que não haja interrupções nos serviços.
4) Reforce a segurança cibernética da organização
A virtualização cria uma infraestrutura mais complexa, com múltiplos sistemas operacionais rodando no mesmo servidor físico, aumentando a superfície de ataque, o que torna a gestão de segurança mais desafiadora. Monitorar as VMs para identificar configurações inadequadas, falhas de segurança ou comportamentos suspeitos é fundamental para proteger os dados corporativos e evitar possíveis vulnerabilidades.
5) Aplique automação no processo de monitoramento
Utilizando ferramentas especializadas é possível configurar alertas automáticos para notificar a equipe de TI sempre que houver aumento no consumo de recursos, falhas de desempenho ou riscos de segurança. Assim, a equipe pode agir rapidamente para corrigir qualquer problema, minimizando os impactos no negócio.
Seguindo esses passos, você consegue fazer um monitoramento completo e ter uma visão abrangente de como tudo está funcionando.
Entenda como a ManageEngine pode auxiliar no monitoramento de Máquinas Virtuais com o OpManager
O OpManager se destaca no gerenciamento de ambientes virtualizados. Ele é compatível com diversos hipervisores, como: VMware ESX/ESXi, Hyper-V e Xen.
Com esta solução você consegue ter uma visão centralizada, permitindo que os administradores acompanhem o desempenho e a disponibilidade de todas as máquinas virtuais.
Por meio de um painel unificado, é possível monitorar métricas críticas, como utilização de CPU, memória e recursos de rede. Isso possibilita a detecção de problemas antes que eles impactem as operações da empresa. Ele também facilita o planejamento da capacidade e o acompanhamento de migrações de VMs, garantindo um uso otimizado dos recursos físicos e mantendo a estabilidade do ambiente virtual.
Também é possível fazer o gerenciamento de falhas, com alertas rápidos permitindo a correção imediata de problemas.
Relatórios prontos para uso ajudam as equipes de TI a analisar o histórico de desempenho e tomar decisões informadas sobre ajustes nos ambientes virtualizados.
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