O que é IA generativa e como ela impacta a cibersegurança da empresas?

Em 2024, um funcionário de uma multinacional em Hong Kong foi induzido a transferir US$ 25 milhões após participar de uma videochamada com o que parecia ser seu diretor financeiro. Na realidade, tratava-se de um rosto e uma voz gerados por deepfake, alimentados por IA.

A IA generativa consegue otimizar tempo e processos, mas também pode prejudicar a cibersegurança de uma empresa.

Neste artigo, vamos abordar como ela funciona, seu impacto na cibersegurança das empresas e qual é a importância do Zero Trust. Continue lendo!

O que é a IA generativa? 

É um tipo de inteligência artificial capaz de criar novos conteúdos, como texto, áudio e vídeos.

Geralmente, os usuários interagem com a IA generativa fornecendo algum tipo de prompt, que pode estar em qualquer formato que o sistema possa processar. Em resposta a ele, um novo conteúdo é retornado ao usuário.

Como a IA generativa funciona? 

Ela utiliza machine learning e redes neurais para achar padrões em dados. Os modelos de IA aprendem com grandes quantidades de dados que recebem durante o treinamento. Esses dados podem ser gráficos, código, texto ou qualquer outro elemento relevante para atividade.

Usando os dados de treinamento, um modelo de IA analisa seus padrões e relacionamentos para entender as regras que regem o conteúdo.

À medida que aprende, o modelo de IA ajusta seus parâmetros, permitindo simular melhor o conteúdo gerado por humanos. Quanto mais dados de qualidade os modelos de IA receberem, mais sofisticado e convincente será o resultado.

As técnicas de IA mais comuns incluem:

Transformadores

Modelos de IA como o GPT-4.5 usam redes neurais baseadas em transformadores para gerar textos com aparência humana, prevendo a próxima palavra em uma sequência.

Modelos de difusão

Ferramentas de geração de imagens, como DALL·E 3 e Midjourney V2, utilizam modelos de difusão para criar imagens realistas a partir de prompts de texto simples.

Aprendizado por reforço

Chatbots e assistentes de IA aprimoram as respostas com base nas interações do usuário, tornando-as mais inteligentes ao longo do tempo.

Como a IA generativa impacta a cibersegurança das empresas?

Embora esses recursos da IA impulsionem a inovação, eles também introduzem novos riscos à segurança.

Se os modelos de IA caírem em mãos erradas, podem ser manipulados para gerar conteúdo enganoso.

Por exemplo, criminosos podem usar a IA generativa para criar e-mails convincentes e imitar comunicações internas. Vídeos ou áudios falsos gerados por IA podem ser usados para enganar autenticações, fraudes financeiras ou manipular identidades.

Além disso, ferramentas de IA podem ajudar na criação automatizada de malware e criminosos estão usando IA generativa para testar e burlar detecções baseadas em machine learning, treinando modelos adversários.

Também, criminosos podem usar ferramentas de quebra de senhas com tecnologia de IA para contornar medidas de autenticação fracas.

É por isso que as organizações devem implementar medidas de segurança rigorosas para controlar o uso da IA e proteger dados confidenciais.

Por que o Zero Trust é importante contra ameaças cibernéticas de IA? 

Organizações que se preocupam com ameaças cibernéticas que usam IA devem migrar dos modelos de segurança tradicionais para uma arquitetura Zero Trust.

Você já conhece esse conceito?

Ao contrário da segurança baseada em perímetro, o Zero Trust pressupõe que toda solicitação de acesso é potencialmente maliciosa até que seja verificada.

Nesse paradigma de cibersegurança, nenhuma confiança implícita é concedida a ativos ou contas de usuários, independentemente de sua localização. Ou seja, ele possui a premissa de que nada e ninguém é confiável.

Com o Zero Trust, as organizações podem reduzir suas superfícies de ataque, diminuir o impacto de violações e melhorar sua postura geral de segurança, verificando continuamente as identidades de usuários e dispositivos.

Combinar Zero Trust com soluções baseadas em IA é essencial 

No entanto, para combater ameaças cibernéticas geradas por IA, as organizações precisam ir além da simples adoção do Zero Trust como estrutura — elas precisam integrar ferramentas de segurança baseadas em IA que estejam alinhadas aos princípios dele. Por exemplo:

  • Sistemas de detecção de ameaças à identidade que usam IA para detectar e bloquear ataques de preenchimento de credenciais.

  • Orquestração de segurança autônoma que ajusta automaticamente as políticas de acesso com base em avaliações de risco em tempo real.

  • Tecnologias de enganação baseadas em IA que criam honeypots sintéticos para enganar invasores e coletar informações sobre táticas em evolução.

Como nossas soluções podem te ajudar?

Oferecemos muitas soluções que seguem o paradigma Zero Trust e que podem proteger as organizações contra ataques que usam IA generativa.

Um princípio fundamental do Zero Trust é o acesso com privilégios mínimos, o que significa que os usuários devem ter acesso apenas aos dados e aplicações necessárias para suas funções. Nossa solução corporativa de IAM, o AD360, oferece:

  • Controle de acesso baseado em função (RBAC) para aplicar políticas de acesso granulares.

  • Provisionamento e desprovisionamento automatizados para garantir que os usuários tenham acesso somente quando necessário.

O AD360 também conta com recursos avançados de autenticação multifator (MFA), visto que as senhas por si só não são mais suficientes para evitar violações. Nossa ferramenta melhora a segurança da autenticação com:

  • Autenticação adaptativa, que analisa o comportamento do usuário e os níveis de risco antes de conceder acesso.

  • Uma variedade de métodos de MFA, incluindo autenticação biométrica, senhas de uso único (OTP), notificações push e tokens de hardware.

Você consegue testar o AD360 agora por 30 dias. Basta clicar aqui.

Também temos outras soluções que podem fazer a diferença na cibersegurança da sua empresa, como:

Log360: solução de SIEM com análise de logs, detecção de anomalias e respostas automatizadas. Utiliza machine learning para identificar padrões suspeitos, mesmo aqueles disfarçados por IA.

Endpoint Central: gerencia e protege endpoints com atualizações automatizadas, controle de aplicativos e detecção de comportamentos incomuns em dispositivos,  essencial para combater malwares gerados por IA.

DataSecurity Plus: monitora movimentações e acessos a dados críticos, ajudando a evitar vazamentos causados por ataques personalizados.

Se interessou? Saiba mais sobre as nossas soluções!