A história da humanidade é marcada por quatro revoluções industriais. A primeira, de 1760 a 1840, foi caracterizada pela substituição de trabalhos manuais e artesanais pelo uso de máquinas em fábricas. A segunda, de 1845 a 1945, representou a evolução das indústrias químicas, do petróleo, e grandes avanços nos campos do transporte e comunicação. A terceira, de 1950 a 2010, foi um período de intenso investimento em ciência, destacando-se também o surgimento dos computadores.
A quarta revolução, iniciada em 2011 e ainda em curso, é marcada pela democratização da internet, impulsionando a Internet das Coisas (IoT), onde dispositivos se comunicam entre si.
Foi nesse período que o termo “Transformação Digital” se tornou um tema-chave para as empresas. Essa transformação desempenha um papel fundamental, com inovações surgindo a cada ano e as organizações precisando se adaptar a essas mudanças.
Diante de todas as transformações que o tempo impõe, um conceito essencial para a Transformação Digital é a hiperautomação. Ela se trata da ampliação da automação dos processos empresariais por meio de um conjunto de tecnologias.
Neste artigo, vamos explorar esse conceito e entender como implantá-lo nas empresas. Continuem a leitura para saber mais!
O que é hiperautomação?
A hiperautomação é uma abordagem avançada que integra diversas tecnologias, incluindo inteligência artificial (IA), machine learning (ML), automação de processos robóticos (RPA) e análise avançada de dados. Mas para que fique mais claro, vejamos a definição dessas tecnologias:
-
Inteligência Artificial (IA): É o desenvolvimento de algoritmos e sistemas que são capazes de realizar tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana. Isso inclui aprendizado, raciocínio, percepção, reconhecimento de fala, tomada de decisões e tradução de idiomas, por exemplo.
-
Machine learning: É um subcampo da inteligência artificial que se concentra no desenvolvimento de algoritmos e técnicas que permitem aos computadores aprenderem e melhorarem com base em experiências passadas sem serem explicitamente programados.
-
Automação de processos robóticos (RPA): Refere-se ao uso de softwares para automatizar tarefas repetitivas e baseadas em regras, geralmente realizadas por usuários em sistemas digitais.
-
Análise avançada de dados: É o processo de examinar dados para descobrir informações úteis, padrões ocultos, correlações ou tendências que possam ajudar as organizações a tomar decisões mais informadas. Isso envolve técnicas como análise preditiva, análise prescritiva, mineração de dados e análise de texto.
O objetivo da hiperautomação é automatizar e otimizar processos de negócios, indo além da automação tradicional, que se concentra em tarefas simples e repetitivas. Esse conceito visa automatizar processos mais complexos e integrados, impulsionando a eficiência e a inovação nas organizações.
Atualmente, o mercado tecnológico oferece ferramentas especializadas em gerenciamento, monitoramento e segurança, que já incluem esse conjunto de tecnologias. O investimento em tais ferramentas robustas é essencial para a implementação da hiperautomação nas organizações. Mas tudo começa em um bom planejamento estratégico. Ao longo deste artigo, vamos entender a implementação desse conceito em organizações.
Diferença entre automação e hiperautomação
Algo que gera dúvidas, é entender as diferenças da automação tradicional e a hiperautomação, já que são conceitos relacionados. Porém se diferem em termos de abrangência e complexidade.
Automação refere-se à aplicação de tecnologia para realizar tarefas com pouca ou nenhuma intervenção humana. Ela visa principalmente a aumentar a eficiência e reduzir erros em processos repetitivos e rotineiros. Um exemplo simples de automação é o uso de um software para enviar e-mails programados em horários específicos.
Por outro lado, a hiperautomação é uma abordagem mais abrangente e avançada, pois ela combina diversas tecnologias, conforme mencionamos, vai além da otimização de tarefas rotineiras. Ela busca transformar processos completos, incluindo aqueles que exigem tomada de decisões e interações humanas ainda mais sofisticadas.
Ou seja, enquanto a automação se concentra em tarefas específicas e isoladas, a hiperautomação envolve a automação da complexidade de processos, integrando diversas tecnologias para alcançar uma transformação digital mais profunda nas organizações.
No tópico a seguir, vamos te mostrar os passos para a implantação da hiperautomação.
Como implantar a hiperautomação na sua empresa
Para implantar a hiperautomação na sua empresa, é importante seguir algumas etapas:
1. Faça o mapeamento de processos
Identifique os processos que podem se beneficiar da automação e avalie sua complexidade e integração com outros sistemas. Envolva sua equipe desde o início, mostrando como a automação pode melhorar seu trabalho e liberar tempo para tarefas mais estratégicas e criativas. Isso pode ajudar a reduzir a resistência à mudança e a aumentar o engajamento com o processo de automação.
2. Selecione as ferramentas certas
Escolher as ferramentas certas, com os recursos que mencionamos, certamente impulsionará a hiperautomação em sua organização. Isso envolve a seleção de ferramentas de automação, como RPA e BPM, além de ferramentas de segurança cibernética essenciais para proteger os processos automatizados contra ameaças digitais. No contexto do monitoramento, ferramentas com capacidades de observabilidade são fundamentais, pois contribuem para a rápida identificação e resolução de problemas.
É importante destacar a proatividade dessas ferramentas, ou seja, sua capacidade de realizar processos sem intervenção humana. No que diz respeito à segurança, ferramentas SIEM robustas desempenham um papel chave, pois são capazes de tomar medidas e identificar brechas, interrompendo ataques cibernéticos.
No desenvolvimento de aplicações, plataformas no-code e low-code podem acelerar significativamente a hiperautomação em sua organização, permitindo que os desenvolvedores e usuários finais criem e implementem soluções automatizadas sem a necessidade de conhecimento avançado de programação.
Portanto, ao selecionar as ferramentas certas, é importante considerar não apenas as necessidades imediatas de automação, mas também os aspectos de segurança, monitoramento e facilidade de desenvolvimento.
3. Implementação e integração
Com as ferramentas selecionadas, o próximo passo é implementá-las e integrá-las aos sistemas existentes da organização. Esse processo envolve a configuração das ferramentas de automação de acordo com os requisitos dos processos mapeados e a integração dessas ferramentas com os sistemas legados e novos.
Durante a implementação, é importante garantir que as ferramentas de automação se comuniquem de forma eficaz e segura com os sistemas existentes, garantindo a integridade e a confidencialidade dos dados. É essencial treinar a equipe para utilizar as novas ferramentas e garantir que elas estejam familiarizadas com os novos processos automatizados.
4. Faça análise dos dados
Com os processos automatizados em funcionamento, é hora de realizar a análise contínua dos dados gerados por esses processos. Isso envolve a coleta, o processamento e a interpretação dos dados para identificar padrões, tendências e oportunidades de melhoria.
Para realizar uma análise eficaz dos dados, é importante utilizar ferramentas e técnicas adequadas, como análise estatística, machine learning e visualização de dados. É também essencial envolver as partes interessadas relevantes na análise dos dados para garantir que as conclusões sejam aplicáveis e relevantes para a organização como um todo.
5. Otimização baseada em dados
Com uma análise profunda dos dados, é mais fácil entender como otimizar cada vez mais os processos. Isso envolve a configuração de métricas e KPIs (Key Performance Indicators) para cada processo automatizado.
Com base nas informações obtidas por meio do monitoramento e análise dos dados, é possível realizar ajustes nas configurações das ferramentas de automação, revisar os processos automatizados e implementar melhorias contínuas.
Esse ciclo é essencial para garantir que a automação continue a trazer benefícios tangíveis para a organização ao longo do tempo.
Benefícios da hiperautomação
Após a implementação da hiperautomação, é o momento de colher os frutos e observar os benefícios que essa transformação proporciona. Estes incluem:
Maior eficiência
A hiperautomação reduz o tempo necessário para realizar tarefas, aumentando a produtividade geral da organização. Com a automação de processos manuais e repetitivos, os colaboradores podem se concentrar em atividades de maior valor agregado, impulsionando a inovação e o crescimento da empresa.
Redução de erros
A hiperautomação reduz a probabilidade de erros humanos, garantindo maior precisão e consistência nas operações. Isso melhora a qualidade dos produtos e serviços entregues pela organização e minimiza custos e retrabalho associados a erros.
Melhoria da experiência do cliente
Com processos mais eficientes e menos erros, a hiperautomação tem um impacto direto na experiência do cliente. Os clientes se beneficiam de serviços mais rápidos, precisos e personalizados, o que aumenta a satisfação do cliente e fortalece a reputação da marca.
Tomada de decisão mais rápida
A automação dos processos fornece acesso rápido e fácil a dados precisos e atualizados, permitindo que os gestores tomem decisões mais informadas e rápidas. Isso é crucial em um ambiente de negócios dinâmico, onde a capacidade de resposta tem extrema relevância para o sucesso da organização.
Ferramentas que impulsionam a hiperautomação
A ManageEngine possui diversas ferramentas com o conceito da hiperautomação:
AppCreator
O AppCreator é uma ferramenta de desenvolvimento low-code que permite criar aplicações personalizados sem a necessidade de codificação. Com a nossa plataforma, as organizações podem acelerar a implementação de soluções automatizadas, permitindo que desenvolvedores e usuários finais criem aplicações que atendam às suas necessidades específicas de negócios.
Analytics Plus
O Analytic Plus é uma plataforma de análise de dados avançada que ajuda as organizações a extrair insights valiosos de seus dados. Com recursos como análise preditiva e visualização de dados avançada, nossa solução permite que as empresas identifiquem padrões e tendências em seus dados, orientando a tomada de decisões informadas e a otimização de processos.
Log360
O Log360 é uma solução abrangente de gerenciamento de logs e segurança de TI que ajuda as organizações a proteger seu ambiente e dados contra ameaças cibernéticas. Com recursos como monitoramento de logs em tempo real, detecção de ameaças e conformidade com regulamentos, o Log360 é essencial para garantir a segurança dos processos automatizados.
ServiceDesk Plus
O ServiceDesk Plus é uma solução ESM de gerenciamento de serviços de TI que ajuda as organizações a oferecer suporte e serviços de TI de maneira eficiente. Com recursos como gerenciamento de incidentes, problemas, mudanças e ativos, o ServiceDesk Plus permite que as equipes de TI automatizem processos rotineiros, reduzindo o tempo de resolução e melhorando a satisfação do cliente.
OpManager Plus
O OpManager Plus é uma solução de gerenciamento de rede que ajuda as organizações a monitorar e gerenciar sua infraestrutura de rede de maneira eficiente. Com recursos como monitoramento de desempenho em tempo real, análise de tráfego e automação de tarefas de rede, o OpManager Plus permite que as empresas otimizem o desempenho da rede e garantam a disponibilidade dos serviços.
Conclusão
A hiperautomação representa passo importante na transformação digital das empresas, oferecendo uma abordagem avançada para a automação de processos.
Dar esse passo é ir além da evolução da automação tradicional, é transformar a maneira como as empresas operam e se relacionam com seus clientes e stakeholders. Aqueles que abraçam essa transformação estão se preparando para um futuro mais dinâmico, eficiente e inovador.
Se você quer saber mais sobre como as ferramentas robustas da ManageEngine podem te ajudar nesse processo, visite nosso site!