imagem com fundo azul, à esquerda há elementos de tecnologia, um monitor e desenhos de ladrões injetando no monitor do computador. À direita está escrito Injeção SQL em amarelo e abaixo na cor branca está escrito: o que é, como funciona e consequências

Existem alguns ataques cibernéticos antigos que ainda são eficazes e amplamente explorados. Os cibercriminosos continuamente tornam esses ataques mais sofisticados à medida que a tecnologia avança. Um desses ataques é a injeção de SQL.

Este artigo é um guia detalhado sobre o que é e como funciona esse tipo de ataque. Prepare-se para mergulhar no universo dos códigos, bancos de dados, aplicações e segurança cibernética.

O que é injeção de SQL? 

A injeção SQL (SQL Injection) é um tipo de ataque cibernético baseado em código que permite aos atacantes acessar e modificar bancos de dados, explorando todas as informações contidas neles e aproveitando as vulnerabilidades em aplicações que interagem com esses bancos de dados. Para entender melhor esse tipo de ataque, é importante compreender o que significa SQL.

Qual o significado de Structured Query Language? 

Esse é um termo complexo, mas entendê-lo é importante. Você já se perguntou como as empresas armazenam tantos dados e como é possível acessá-los? É justamente nesse ponto que entra em ação a linguagem SQL.

SQL, que significa Linguagem de Consulta Estruturada em português, é usada por cientistas de dados para trabalhar com bancos de dados relacionais (aqueles que são estruturados e interligados por meio de relações e tabelas).

Desenvolvedores de software frequentemente precisam integrar bancos de dados em suas aplicações, tornando fundamental o conhecimento dessa linguagem para permitir a comunicação entre as aplicações e os bancos de dados.

Entendendo mais sobre esse conceito, fica claro o quão perigoso é um ataque de injeção SQL. O foco desses ataques é o banco de dados de uma empresa e, se bem-sucedido, o atacante terá acesso a todas as informações da organização. Vale lembrar que os alvos principais desses atacantes são usuários com acesso privilegiado, ou seja, aqueles que possuem acesso às informações mais críticas.

No próximo tópico, vamos entender em mais detalhes como funciona um ataque de injeção SQL.

Como funciona o ataque de injeção de SQL? 

O ataque de injeção de SQL ocorre quando um invasor consegue manipular consultas SQL que uma aplicação envia ao seu banco de dados. Para ilustrar, uma consulta SQL é uma solicitação enviada ao banco de dados para que ele realize alguma ação, como a alteração ou exclusão de dados.

Para tornar isso mais claro, imagine quando você acessa um portal e insere seu login e senha. Quando você digita suas informações e pressiona “Enter”, esses dados são enviados ao banco de dados, que os compara com os registros armazenados para permitir ou negar o acesso ao portal.

No contexto de um ataque de injeção de SQL, o invasor insere código SQL malicioso em campos de entrada de usuário, como formulários de login, caixas de pesquisa ou parâmetros de URL. Se essas entradas não são devidamente validadas, o banco de dados pode executar comandos inesperados, dando ao atacante acesso a informações confidenciais ou controle sobre o sistema.

Esses ataques podem ocorrer de várias maneiras, mas geralmente envolvem a exploração de entradas de dados não seguras, permitindo que o código malicioso seja executado no banco de dados. Isso destaca a importância de validar todas as entradas de usuário para proteger os sistemas contra tais vulnerabilidades.

Tipos de injeção SQL 

Conforme mencionado no início do artigo, as técnicas de injeção de SQL se modernizaram à medida que a tecnologia evoluiu e continua a evoluir. Os atacantes podem escolher entre diferentes tipos de ataques, como:

  • Injeção de SQL Clássica: O tipo mais comum ocorre quando o atacante insere comandos SQL maliciosos diretamente nas entradas de dados.

  • Injeção de SQL Cega: Esse tipo de ataque acontece quando os erros SQL não são exibidos na resposta da aplicação, o que dificulta a exploração, mas ainda permite ao atacante acessar informações importantes.

  • Injeção de SQL de União: Utiliza o comando UNION para combinar resultados de várias consultas SELECT e acessar dados de tabelas diferentes.

  • Injeção de SQL Baseada em Erro: Explora mensagens de erro retornadas pelo banco de dados para obter informações sobre a estrutura do banco de dados e suas tabelas.

  • Injeção de SQL de Inferência: Inclui a injeção de Boolean-based Blind SQL e Time-based Blind SQL, onde o atacante infere informações baseando-se no comportamento do banco de dados após a execução de comandos específicos.

Quais as consequências de uma injeção de SQL? 

Quando bem-sucedido, um ataque de injeção de SQL pode causar diversas consequências graves para uma organização, pois o atacante ganha controle sobre o banco de dados da empresa. A seguir, listamos algumas dessas possíveis consequências:

Controle total do banco de dados 

Com controle total sobre o banco de dados, os atacantes podem executar comandos administrativos e criar novos usuários com privilégios elevados. Isso lhes permite manipular os acessos conforme desejarem, afetando a execução das operações.

Vazamento de dados 

Os atacantes podem ter acesso a diversos tipos de informações, tais como informações confidenciais, financeiras, contratos sigilosos e qualquer outra informação da empresa.

Comprometimento do  ambiente

Com acesso irrestrito ao banco de dados, o atacante pode comprometer todo o ambiente da empresa, afetando todas as áreas da organização.

Danos à reputação 

Qualquer ataque que comprometa a segurança cibernética de uma organização pode resultar em danos irreversíveis à sua reputação. Com a injeção SQL não é diferente. Quando mencionamos reputação, isso abrange diversos aspectos, como a perda de confiança dos clientes e stakeholders. Além dos custos envolvidos recuperar a imagem da empresa.

5 práticas para  evitar ataques de injeção de SQL 

Existem várias medidas que sua empresa pode adotar para prevenir esse tipo de ataque. Diversas estratégias e práticas são altamente recomendadas, e destacamos cinco delas:

Prática 1 – Valide todas as entradas 

Sempre valide todas as entradas de usuário para garantir que somente dados esperados sejam aceitos. Isso inclui a sanitização de dados para remover qualquer código malicioso que possa ser inserido.

Além disso, é importante implementar o princípio do “mínimo privilégio”, ou seja, conceder aos usuários somente as permissões necessárias para realizar suas tarefas, reduzindo assim a superfície de ataque.

Prática 2 – Utilize consultas parametrizadas 

Utilize consultas parametrizadas para separar o código SQL da entrada de dados fornecida pelo usuário. Esse método substitui os valores dos parâmetros na consulta SQL por valores seguros, eliminando a possibilidade de inserção direta de dados fornecidos pelo usuário nas consultas e reduzindo o risco de injeção SQL.

Prática 3 – Utilize procedimentos armazenados 

Utilize procedimentos armazenados que encapsulam as consultas SQL e reduzem a exposição a entradas maliciosas.

O procedimento armazenado consiste em blocos de código SQL armazenados no banco de dados e podem ser chamados por aplicações. Ao utilizar esse método, o código SQL é compilado uma vez e pode ser reutilizado, o que melhora o desempenho e reduz a vulnerabilidade a injeções SQL, pois a lógica de acesso aos dados está encapsulada no banco de dados e não exposta diretamente aos usuários finais.

Prática 4 – Adote mecanismos de autenticação e autorização  

Implemente controles de acesso rigorosos para limitar o que cada usuário pode fazer no banco de dados. Isso inclui a utilização de autenticação forte, como senhas fortes e MFA, e a atribuição de privilégios mínimos necessários para cada usuário, como mencionamos.

Prática 5 – Mantenha o ambiente monitorado e auditado 

Utilize ferramentas de monitoramento e auditoria para detectar atividades suspeitas e responder rapidamente a possíveis incidentes. Essas ferramentas podem monitorar o tráfego de rede, registrar e analisar os logs do sistema e do banco de dados, e alertar sobre padrões de comportamento incomuns que possam indicar uma tentativa de ataque.

Com todas essas informações, fica claro que esse ataque é complexo e preocupante para as organizações, mas não se preocupe! Vamos te apresentar uma ferramenta que pode te ajudar.

Existe alguma ferramenta que combata ataques de injeção de SQL? 

O EventLog Analyzer da ManageEngine oferece recursos avançados no monitoramento de logs que podem detectar padrões suspeitos e atividades maliciosas relacionadas à injeção de SQL.

Com alertas em tempo real e relatórios detalhados, o EventLog Analyzer pode ajudar a identificar e responder rapidamente a possíveis ataques, protegendo assim os bancos de dados de uma organização contra esse tipo de ameaça.

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